Fundação Padre Anchieta

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Crédito: Renato Pizzutto/Band
Crédito: Renato Pizzutto/Band

A TV Cultura, Band, UOL e Folha de S.Paulo se reuniram e formaram um pool para realizar o primeiro debate presidencial das Eleições 2022, neste domingo (28).

O evento, realizado no principal estúdio da Band, em São Paulo, colocarou frente a frente, pela primeira vez, os principais candidatos ao Planalto: Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (PMDB), Felipe D’Avila (Novo) e Soraya Thronicke (União Brasil).

O debate ficou marcado pelo ataque do presidente Jair Bolsonaro contra a jornalista Vera Magalhães, apresentadora do Roda Viva.

Durante resposta ao candidato Ciro, Bolsonaro atacou a jornalista Vera Magalhães. "Vera, não pude esperar outra coisa de você. Acho que você dorme pensando em mim. Você tem alguma paixão em mim. Não pode tomar partido num debate como esse. Fazer acusações mentirosas a meu respeito. Você é uma vergonha para o jornalismo brasileiro", disse o presidente.

Além do ataque, pautas femininas também foram debatidas entre os candidatos: representatividade nos ministérios, misoginia e feminismo foram alguns dos temas tratados. Veja:

Jair Bolsonaro (PL) - Políticas para as mulheres:

“Defesa da mulher é uma obrigação nossa. Nós tivemos vários programas e as quase 70 leis aprovadas, que estimulam autonomia e economia. Nós também temos um programa de microcrédito na Caixa Econômica Federal que busca inserir a mulher no mercado de trabalho”.

Ciro Gomes (PDT) políticas para as mulheres:

“O senhor [Bolsonaro] não respeita com devida delicadeza, com profunda profundidade, essa questão feminina. Hoje, 78 de cada 100 mulheres brasileiras estão em endividamento, elas não vão sair dela sem uma política pública. É preciso ter um programa de renda mínima que erradique a miséria".

Simone Tebet pergunta a Bolsonaro a violência política contra mulheres:

“Eu fui o governo que mais sancionou leis defendendo mulheres. O discurso que eu ataco e agrido mulher não cola mais, não coloca isso. Chega de vitimismo, somos todos iguais. A maioria das mulheres me ama". 

Soraya Thronicke (União Brasil) - Defesa da jornalista Vera Magalhães

"Todos têm direito de ter a sua religião. Eu sou cristã, mas trabalho para disseminar a paz e a união. Pedir para as pessoas acabarem com a polarização e disseminar o ódio entre os brasileiros. Infelizmente estão nos separando. E mais: quero aproveitar, sou muito tranquila, vim na paz, bandeira branca. Mas quando eu vejo o que aconteceu agora, com a Vera, eu fico extremamente chateada. Quando homens são tchutchuca com outros homens e viram tigrão para cima de nós mulheres. Eu não aceito. No meu estado, mulheres viram onça e eu sou uma delas”.

"Mulher vota em mulher? - Simone Tebet (MDB) responde:

“Ser feminista é defender o direito das mulheres, e não lado. Não é esquerda ou direita. Eu quero fazer um elogio à candidata Soraya, porque ela concorda comigo. Ser feminista hoje é olhar para essas mulheres que estão em barracas em praças públicas. Ser feminista é defender a igualdade social entre homens e mulheres. Nós precisamos de uma mulher para arrumar unir o país”.

Soraya Thronicke (União Brasil) - Feminismo

“Eu sou pela paridade, tanto foi que eu escolhi para um vice um homem. Eu não quero mais do que nós mulheres merecemos, queremos o nosso lugar, o nosso espaço de poder, o que nós merecemos e temos a capacidade”.

Felipe D'Avila (Novo) - Corte no orçamento de políticas às mulheres:

“Parte disso é a impunidade, é uma coisa que precisamos combater com Justiça. Primeiro, replicar as boas experiências existentes. O Brasil não precisa criar mais políticas públicas, é fazer cumprir a lei, combater a impunidade e aproveitar os excelentes”.

Jair Bolsonaro (PL) - Corte no orçamento de políticas às mulheres:

“Os números têm demonstrado que desde quando eu assumi, o número de mortes violentas tem diminuído, dentro dos números, tem as mulheres. Uma política universal que atinge todo mundo. Quando você valoriza as mulheres, você diminui a violência”.

Simone Tebet (MDB) - Igualdade de gênero no governo:

“A primeira coisa que fiz quando homologuei a minha candidatura, foi dizer que o meu ministério será paritário entre homens e mulheres, basta ter competência e experiência, e isso nós sabemos que as mulheres têm. Nós temos condição de colocar 50% e teremos participação de negros.

Lula (PT) - Igualdade de gênero no governo:

“Eu não sou de assumir compromisso e de me comprometer a fazer indicação. Você vai indicar as pessoas que têm capacidade para assumir determinados cargos. Não dá para assumir um compromisso numericamente”.