Fundação Padre Anchieta

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No primeiro semestre de 2022, a central de atendimento da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos (ONDH) registrou 31.398 denúncias e 169.676 violações envolvendo a violência doméstica contra as mulheres.

O número de casos de violações aos direitos humanos de mulheres, são maiores do as denúncias recebidas, pois uma única denúncia pode conter mais de uma violação de direitos humanos. Os dados referem-se à violência doméstica ou familiar contra mulheres brasileiras até a primeira semana de julho de 2022.

De acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e Ipec, a cada 10 minutos, uma mulher é vítima de estupro; a cada 7 horas, uma mulher é morta por feminicídio e a cada 1 minuto, 25 brasileiras sofrem violência doméstica.

Com o objetivo de ajudar essas mulheres, a startup Maria Family, fundada em 2020 por Felipe Rigoni, publicitário pós-graduado em empreendedorismo social e negócios de impacto, está voltada para atender vítimas que estão ou estiveram em situação de vulnerabilidade.

Em entrevista à TV Cultura, Rigoni relata que sua mãe é psicóloga, mas quando criança ela precisou parar de trabalhar para cuidar dele e de seus irmãos. “Meu pai, com os recursos em mãos, cometeu alguns tipos de violências, violência psicológica principalmente, convivemos com isso por quase 16 anos, até eu sair de casa”.

Felipe Rigoni teve a ideia de desenvolver o aplicativo e sonhava em ter a mãe ao lado para dividir a experiência de empreendedor. "Quando a convidei, infelizmente devido a tudo que ela passou, virou uma pessoa reprimida, que não tem esperança nela mesma e falou que não tinha cabeça para ajudar ninguém”, explica.

Após a negativa, fez o convite para a psicóloga Sonia Ana Leszczynski, Masters e PhD pela University of Iowa, e membro da UNESCO / UNEVOC, que aceitou e hoje é sua principal colaboradora do projeto e junto com Rigoni, a fundadora da plataforma.

Durante a entrevista, Sonia explica que foi a terceira professora mulher em uma instituição de engenharia. “Depois do meu doutorado, em 1995 fiz uma pesquisa de gênero que me abriu portas para ir para Coréia para discutir a questão da entrada de mulheres na educação técnica e tecnológica”.

A plataforma Maria Family oferece conteúdos educativos gratuitos sobre diversos temas para todas as mulheres, com relevância sobre o tema “violência contra a mulher” e seus desdobramentos; atendimento psicológico online gratuito, realizado pelas “Mariólogas”, um time de cerca de 100 psicólogas cadastradas; cursos de empoderamento feminino com mulheres e influenciadoras que inspiram; e treinamentos através de diversos cursos online, em parceria com a GoCademy /G4 Educação.

Rigoni explica que a startup ajuda as mulheres a empreender e ter uma renda. “A gente vê através de quatro pilares que são: conscientização, um acolhimento psicológico, empoderamento através de cursos e os cursos para a renda. Nos deparamos que a violência não tem classe social, e então a gente fez parceiras que nos ofertaram de graça os cursos”.

“Desenvolvemos o aplicativo Maria Family, uma tecnologia rápida, intuitiva e de fácil acesso, para ser uma ferramenta voltada para a geração de conteúdo, apoio por meio de uma rede segura e sigilosa e, em especial, para o acolhimento psicológico online, no qual as mulheres de todo o país poderão encontrar ajuda especializada”, diz o fundador.

O projeto nasceu inicialmente no Instagram, de onde vem ajudando milhares de mulheres em situação de vulnerabilidade. Agora, através do aplicativo Maria Family, o objetivo é conseguir atender a um total de 500 mil mulheres ainda em 2022.

O publicitário explica que empresas podem contratar a startup para seu setor de RH, onde eles fazem o acolhimento para as mulheres, onde tratam o tema de saúde mental, workshops sobre empoderamento e aprimoramento na performance para colaboradoras, além de consultoria para as organizações que queiram aumentar o número de mulheres em cargos de liderança, promovendo a igualdade de gênero.

No site da Maria Family , é possível encontrar informações detalhadas e de apoio para disseminar conhecimento e viabilizar o empoderamento feminino. Como o bem-estar mental é muito importante, também existe um espaço para profissionais que queiram apresentar sua expertise e propiciar a oportunidade de um atendimento qualificado. As mulheres em situação de violência que buscam ajuda podem se cadastrar para receber um acolhimento através do link: maria.family/precisodeajuda.

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