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Flickr | Lula Oficial
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O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta sexta-feira (2) que só vai anunciar os ministros do seu governo após ser diplomado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A diplomação está marcada para o dia 12 de dezembro.

O petista conversou com a imprensa no Gabinete de Transição do novo governo, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em Brasília. A presidente do PT, a deputado Gleisi Hoffmann acompanhou a entrevista ao lado de Lula. Segundo o presidente eleito, 80% dos nomes já estão definidos.

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“Eu, no fundo, no fundo, já tenho 80% do ministério na cabeça”. “Mas não quero construir um ministério para mim, mas junto com as forças políticas que nos ajudaram a vencer a eleição”, disse.

Lula ainda afirmou que a presidente do PT não será ministra, e que continuará no comando da sigla. “Ela vai ter muito trabalho. Certamente, muito mais trabalho que qualquer ministro, porque não é fácil presidir um partido como o PT.”

"É muito importante manter o PT se organizando, manter o PT se fortalecendo e tem outras pessoas que podem representá-la dignamente no governo, a começar pelo presidente da República. Então, o fato de eu ter dito para a Gleisi que ela não será ministra é o reconhecimento do papel que a Gleisi tem na organização política do PT no Brasil", completou.

Lula também disse que a "base" dos ministérios do governo será a mesma de quando do segundo mandato.

PEC da Transição

O presidente eleito ainda falou sobre o projeto que visa a manutenção do pagamento de R$600 do Bolsa Família. A PEC da Transição, apresentada pela equipe do presidente, atingiu na terça-feira (29) o número mínimo de assinaturas para a medida começar a tramitar no Senado. Os nomes foram recolhidos pelo senador Marcelo Castro (MDB-PI), relator do Orçamento de 2023.

A proposta prevê um valor de R$175 bilhões de reais fora do teto de gastos a fim de bancar o novo Bolsa Família. O teto de gastos é uma medida aprovada durante o mandato de Michel Temer, a regra tem como objetivo controlar a dívida pública e limitar o aumento de gastos públicos em relação à inflação.

O texto estabelece que o programa Bolsa Família fique fora do teto de gastos por quatro anos, durante todo o mandato de Lula. Além disso, reserva mais R$ 22,9 bilhões para investimentos, totalizando R$ 198 bilhões. No entanto, a ideia não é bem aceita para um grupo de senadores, que defende um prazo de validade de só dois anos para esses gastos fora do teto.

"O que me interessa é a PEC que nós mandamos. Essa PEC já foi conversada com o presidente da Câmara, com o presidente do Senado e várias lideranças. Até agora, não há sinal de que as pessoas queiram mudar a PEC. As pessoas sabem que não é o governo que precisa dessa PEC, [sabem] que o Brasil precisa dessa PEC. Quem deveria ter colocado a quantidade de recursos no Orçamento era o atual governo. O que ele está fazendo é tirando mais dinheiro, mais dinheiro da Saúde, mais dinheiro da Educação. Ou seja, me parece que eles querem deixar esse país a zero para a gente recomeçar a governar", argumentou.

“Queremos a PEC porque precisamos investir em algumas coisas, precisamos retomar o Minha Casa, Minha Vida, precisamos colocar algum dinheiro no SUS. Temos coisas importantes, imprescindíveis para o povo brasileiro. Então, eu espero que o Congresso Nacional, Câmara e Senado, tenham simplesmente sensibilidade e possam votar do jeito que nós queremos. Se precisar ter um acordo, nós também sabemos negociar”, concluiu.

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