O Roda Viva entrevista o jornalista, escritor e político Fernando Gabeira, nesta segunda-feira (5).
Um dos autores do sequestro do embaixador norte-americano Charles Elbrick, durante a ditadura, em 1969, Gabeira foi ferido, capturado e preso. Acabou solto e exilado, incluído entre os presos políticos trocados pelo embaixador alemão no ano seguinte.
Na política, ele concorreu à Presidência da República e foi deputado federal por quatro mandatos consecutivos. Atualmente, está de volta ao jornalismo e analisa a transição de Jair Bolsonaro (PL) para Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em pergunta feita pela colunista Vera Iaconelli, o escritor responde sobre processo psicológico, autocrítica e as consequências das redes sociais em sua jornada como jornalista nesse tempo amplamente midiático.
"Você tem duas características muito raras, que na psicanálise definimos como uma pessoa analisada (...) Uma delas é a capacidade de rir de ri mesmo, essa autocrítica, e a outra é de dialogar com o contraditório que você sempre teve na sua trajetória", pergunta a colunista.
"Houve um momento que para sustentar uma oposição isolada era mais fácil, porque eu tinha uma certa arrogância interna que me permitia isso. Hoje, eu tenho muito mais dúvidas do que respostas. [...] Existe coisas mais difíceis. porque antes não havia internet, que é um meio de comunicação que invade a situação íntima", diz Fernando Gabeira.
Participam da bancada de entrevistadores Ancelmo Gois, colunista do jornal O Globo, Dora Kramer, analista política e comentarista da BandNews FM, a psicanalista e colunista da Folha de S.Paulo Vera Iaconelli, a jornalista Carla Vilhena, e Luiz Carlos Azedo, colunista do Correio Braziliense e do Estado de Minas.
Com apresentação de Vera Magalhães, o programa irá ao ar às 22h, na TV Cultura, site da emissora, canal do YouTube, Dailymotion, e nas redes sociais Twitter e Facebook.
Assista ao programa na íntegra:
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