A Justiça da Argentina condenou nesta terça-feira (6) a vice-presidente Cristina Kirchner a seis anos de prisão por corrupção na ação que ficou conhecida como "Causa Vialidad". Por ter foro privilegiado, ela não será presa.
O Ministério Público Fiscal a acusava de ter liderado uma "extraordinária matriz de corrupção", armando e administrando, ao lado de outros 12 réus, um esquema de desvio de verbas na forma de concessões de obras públicas na província de Santa Cruz.
Cristina nega irregularidades no período em que ocupou a Presidência - a acusação se refere ainda ao mandato de seu marido e antecessor, Néstor, que também foi governador de Santa Cruz. Ela afirma que é vítima de "lawfare", quando o Judiciário persegue um investigado por razões políticas, e sustenta que a condenação estava escrita desde o início do processo.
A pena máxima era de 12 anos de prisão. Em agosto, a acusação conduzida pelos promotores Diego Luciani e Sergio Mola havia pedido 12 anos de prisão, que ela fosse impedida de concorrer a cargos públicos para o resto da vida e que devolvesse aos cofres públicos 5,3 bilhões de pesos (R$ 200 milhões).
No país, o vice-presidente também ocupa o cargo de presidente do Senado. Cristina exerce as duas funções até o fim da gestão do atual presidente Alberto Fernández e pode se candidatar a um terceiro mandato.
Ela ainda pode recorrer da sentença em outras instâncias da Justiça até chegar ao Supremo Tribunal Federal (STF). Esse processo pode durar anos, mas se for condenada em última instância, perderá para sempre o direito de ocupar cargo público.
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