Fundação Padre Anchieta

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Um pesquisa realizada pela Universidade Nacional da Austrália revelou que as mulheres têm 75% mais chances de ter reações adversas com remédio comparado aos homens. Segundo o estudo, fatores relacionados ao sexo são determinantes, como a perda de ferro maior em relação aos homens por conta da menstruação.

“A mulher tem o privilégio de se observar no decorrer de um mês. A gente percebe mudança de humor, momentos de mais dor e alteração de pele. Então, nós somos mais perceptiva. Essa construção social de que somos a cuidadora dos filhos, faz a gente ser mais perceptiva a sinais e sintomas que vem de um efeito colateral de medicação”, explica a geriatra Louise Mintessanti.


Outros fatores que podem estar relacionadas aos efeitos colaterais, de acordo com a pesquisa, são diferenças de temperatura corporal, distribuição de massa magra, gordura e frequência cardíaca. Além de características fisiológicas, questões comportamentais também podem ser responsáveis por essa dissonância.

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Diante de tamanhas diferenças, especialistas defendem que os estudos de medicamentos contemplem mais mulheres e aspectos fisiológicos relacionados ao sexo. Do lado clinico, ainda é preciso olhar de forma individualizada para cada paciente a prescrever um remédio.

“Não é só a biologia que é diversa. Cada pessoa está numa fase de vida diferente, trás toda uma cultura diferente. Então, você precisa individualizar o tratamento, seja medicamentoso ou quando for oferecer para o paciente uma estratégia de melhoria de hábitos”, completou a geriatra.