Quem é Celina Leão, que assume governo do DF após afastamento de Ibaneis Rocha
Governador foi afastado pelo ministro Alexandre de Moraes após ataques terroristas em Brasília nesse domingo (8)
09/01/2023 12h01
A vice-governadora Celina Leão (PP) assume, nesta segunda-feira (9), o governo do Distrito Federal após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinar o afastamento de Ibaneis Rocha do cargo por 90 dias.
No último domingo (8), às forças de segurança do DF não contiveram os criminosos que invadiram e depredaram o Congresso, o Palácio do Planalto e o prédio do STF. Segundo o ministro, as invasões só podem ter tido com o consentimento do governo do DF, uma vez que os preparativos para os atos terroristas eram conhecidos.
Celina Leão tem 45 anos, é natural de Goiânia, em Goiás, e é administradora. Durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ela o apoiou em diversas ocasiões, como na campanha de reeleição.
Após o resultado das eleições presidenciais, demonstrou apoio a Bolsonaro e afirmou que "a derrota não é o fim de uma história, sempre será uma vírgula". Agradeceu ao ex-presidente e completou: "Nosso sentimento de patriotismo e de querermos sempre o melhor para o BRASIL foi resgatado e permanecerá!".
No último domingo (8), durante os atos de vandalismo, Celina postou em seu Twitter uma mensagem de repúdio. "Democracia não é a invasão e dilapidação do patrimônio público!".
Celina Leão atuou como deputada distrital por dois mandatos consecutivos, entre 2011 e 2019, à época pelo PDT. Ao ser reeleita, em 2015, a ex-parlamentar assumiu a presidência da Casa.
Já foi deputada federal pelo DF entre 2019 e 2022. A ex-parlamentar se licenciou do mandato por sete meses em 2020, quando assumiu a Secretaria de Esporte e Lazer do Distrito Federal, no primeiro mandato de Ibaneis.
Em 2017, Celina e outros quatro deputados foram alvo de uma denúncia do Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) por corrupção passiva, no âmbito da Operação Drácon. Após a operação, ela foi afastada da presidência da Câmara Legislativa. No ano passado, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou a suspensão da ação penal da Operação Drácon.
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