Depois de determinar a prisão do ex-secretário de Segurança do Distrito Federal Anderson Torres e do ex-comandante da Polícia Militar Fábio Augusto, o ministro Alexandre de Moraes disse que o comportamento dos dois coloca em risco a segurança de políticos.
Torres e Augusto foram presos como desdobramento dos atos terroristas que aconteceram no último domingo (8). Na ocasião, bolsonaristas radicais invadiram e depredaram o Palácio do Planalto e os prédios do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF).
Fábio Augusto já foi preso, enquanto Torres, ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro, está em viagem aos Estados Unidos.
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Moraes entendeu que ambos foram omissos ao não conter os terroristas e evitar a destruição nas sedes dos poderes em Brasília. As prisões são vistas também para evitar a destruição de provas e entraves à investigação.
"Os comportamentos de Anderson Gustavo Torres e Fábio Augusto Vieira são gravíssimos e podem colocar em risco, inclusive, a vida do presidente da República, dos deputados federais e senadores e dos ministros do Supremo Tribunal Federal", escreveu Moraes.
O ministro ainda disse que a omissão de Torres e Augusto é "estarrecedora" e "potencialmente criminosa". "Os fatos narrados demonstram uma possível organização criminosa que tem por um de seus fins desestabilizar as instituições republicanas, principalmente aquelas que possam contrapor-se de forma constitucionalmente prevista a atos ilegais ou inconstitucionais", concluiu o ministro.
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