A Oxfam, organização independente sem fins lucrativos, com atuação no Brasil desde 2014, afirmou que irá recomendar o aumento da taxação dos super-ricos no Fórum Econômico Mundial.
O Fórum de Davos, que acontece nesta semana, entre 16 e 20 de janeiro, na Suíça, reúne anualmente a elite econômica e política do mundo. No encontro, o Brasil estará representado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
A recomendação coincide com a estratégia do governo Lula de reduzir as desigualdades no país e aumentar a tributação sobre a camada mais rica da população.
O relatório da Oxfam divulgado na noite deste domingo (15) ressaltou que enquanto dezenas de milhões de pessoas enfrentam a fome ao redor do mundo e centenas de milhões enfrentam aumentos inviáveis no custo de produtos básicos ou no aquecimento de suas casas, os "muito ricos ficaram imensamente mais ricos, e os lucros das grandes empresas bateram recordes, gerando uma explosão de desigualdade".
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Segundo a organização:
- Desde 2020, o 1% mais rico da população mundial amealhou quase dois terços de toda a nova riqueza – seis vezes mais do que os 7 bilhões de pessoas que compõem os 90% mais pobres da humanidade;
- As fortunas bilionárias estão aumentando em US$ 2,7 bilhões por dia, mesmo com a inflação superando os salários de, pelo menos, 1,7 bilhão de trabalhadores – mais do que a população da Índia;
- As empresas de alimentos e de energia mais do que dobraram seus lucros em 2022, pagando US$ 257 bilhões a acionistas ricos, enquanto mais de 800 milhões de pessoas foram dormir com fome;
- Apenas US$ 4 centavos de cada dólar de receita tributária vêm de impostos sobre o patrimônio, e metade dos bilionários do mundo vive em países sem imposto sobre herança, aplicado ao dinheiro que dão aos filhos;
- Um imposto de até 5% sobre os super-ricos do mundo poderia arrecadar US$ 1,7 trilhão por ano, o suficiente para tirar 2 bilhões de pessoas da pobreza e financiar um plano global para acabar com a fome.
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