O juiz Paulo Assed, da 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro aceitou o pedido de recuperação judicial da Americanas na tarde desta quinta-feira (19). O valor total das dívidas somam R$ 43 bilhões, entre aproximadamente 16,3 mil credores.
Com a decisão, a Americanas consegue a suspensão da execução de qualquer dívida por 180 dias. A companhia pediu na manhã de hoje o pedido de recuperação judicial para evitar uma possível falência.
No documento, o juiz destacou que trata-se de "uma das maiores e mais relevantes recuperações judiciais ajuizadas até o momento no país".
O juiz ainda disse que é preciso separar as eventuais responsabilidades a necessidade de proteção da atividade econômica empresarial, "que visa garantir a manutenção da fonte produtora, das dezenas de milhares de empregos diretos e indiretos e o próprio interesse dos credores, preservando a empresa, sua função social e estimulando a atividade econômica produtiva".
"A eventual quebra do Grupo Americanas pode acarretar o colapso da cadeia de produção do Brasil, com prejuízos em relevantes setores econômicos, afetando mais de 50 milhões de consumidores, colocando em risco dezenas de milhares de empregos. [...] Isso posto, e observados os requisitos legais, defiro o processamento da recuperação judicial do Grupo Americanas", ressaltou o juiz.
Na lista de valores bloqueados, a Americanas destaca os R$ 1,2 bilhão do BTG Pactual, R$ 474 milhões travados pelo Bradesco, mais R$ 95 milhões retidos pelo Safra e R$ 45,7 milhões, pelo Itaú.
Na manhã desta quinta, a empresa tinha revelado estar com apenas R$ 800 milhões em caixa, uma "parcela significativa" do valor estava "injustificadamente indisponível para movimentação".
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