Fundação Padre Anchieta

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A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) iniciaram nesta quinta-feira (26), em quatro estados, a Operação Fim do Mundo, contra a lavagem de dinheiro oriunda do tráfico de drogas e de armas. Até o momento, a investigação já conta com 30 denunciados e visa desestruturar um grupo que movimentou mais de R$ 100 milhões

Agentes foram cumprir 18 mandados de prisão preventiva e 31 de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina. Além disso, 32 contas bancárias vinculadas à organização criminosa foram bloqueadas. Ao todo, o patrimônio totalizou mais de R$ 22 milhões.

Segundo a investigação que começou em maio de 2020, três grupos buscavam dar aparência lícita ao dinheiro obtido por uma facção criminosa. Um é liderado por dois irmãos, responsáveis pela inserção de drogas e armas nas comunidades do Rio. Eles utilizavam o lucro da atividade criminosa para adquirir imóveis de alto padrão em Balneário Camboriú.

Outro grupo, responsável pela inserção de drogas no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte, gastava o dinheiro do tráfico em automóveis de luxo e imóveis em condomínios de alto poder aquisitivo.

O terceiro núcleo valia-se de empresas inexistentes ou existentes, mas com baixa atividade lucrativa, para ocultar a origem do dinheiro obtido. Os investigados responderão pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa. As penas somadas podem chegar a 24 anos de prisão.