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Reprodução/Unsplash
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Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) apontam, em estudo publicado recentemente no periódico Scientific Reports, a relação entre sintomas da Covid-19 e a inatividade física.

A pesquisa mostrou que pacientes com ao menos um sintoma persistente da infecção pelo coronavírus têm um risco 57% maior de serem sedentários. Esse número cresce para 138% entre aqueles que reportam cinco ou mais “sequelas pós-agudas do SARS-CoV-2”, como dizem os pesquisadores.

“Apesar de ser um estudo transversal, os resultados desta investigação destacam a importância de discutirmos e estimularmos a atividade física também durante a pandemia”, afirma Hamilton Roschel, um dos coordenadores do Grupo de Pesquisa em Fisiologia Aplicada e Nutrição da USP.

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O trabalho, que teve o apoio da FAPESP, é um dos primeiros a avaliar o efeito da atividade física no contexto da Covid longa, quadro usualmente caracterizado pela persistência de sintomas por ao menos dois meses, e que não podem ser explicados por outros problemas que não a infecção por esse vírus.

Os dados analisados foram coletados no âmbito do COVID-19 Study Group, que reúne pacientes internados no Hospital das Clínicas, em São Paulo. Um total de 614 pessoas com idade média de 56 anos foram incluídas na investigação, todas com diagnóstico confirmado por testes laboratoriais.

A inatividade foi definida seguindo o critério da Organização Mundial da Saúde (OMS). Ou seja, menos de 150 minutos de atividade física por semana. “No nosso caso, isso envolvia deslocamentos, práticas esportivas, tarefas domésticas”, completa Roschel. Os pesquisadores então cruzaram os dados envolvendo sintomas da COVID-19 com os de inatividade física para chegar aos resultados.

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Dos pacientes analisados, 60% eram inativos fisicamente. Eles também apresentavam uma alta taxa de comorbidades: 37% eram fumantes, 58% tinham hipertensão, 35% foram diagnosticados com diabetes e 17% eram obesos.

“Esses são fatores de risco para agravamento da Covid-19. Como todas as pessoas analisadas foram hospitalizadas, era natural que eles aparecessem de forma frequente”, argumenta Roschel.