A crise humanitária do povo Yanomami tem sido um dos principais assuntos no Brasil durante a última semana. Em entrevista exclusiva ao jornalismo da TV Cultura, a futura presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), a deputada federal Joênia Wapichana, afirma não ter dúvidas sobre o genocídio dos indígenas por parte do último governo, comandado por Jair Bolsonaro.
“Foi esse encaminhamento [genocídio] que nós demos pela Frente Parlamentar Indígena já em 2020, quando o Estado se omitiu e negou uma série de direitos […]. Falta levar adiante esse denúncia e esperamos que seja feita por outras autoridades também”, diz a parlamentar.
Além da omissão do governo federal, Wapichana explica o impacto do avanço do garimpo nas terras indígenas. A contaminação das águas e o aliciamento de indígenas, segundo ela, fizeram com que a fome e os conflitos aumentassem, deixando a vida das pessoas em Roraima e Amazonas mais complicada.
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Para vencer essa luta e melhorar a qualidade de vida de toda a comunidade indígena, a futura líder da Funai conta com a ajuda do Exército.
“Estamos em um novo governo. Então, eu espero que o Exército venha ajudar, e não prejudicar. Esse é o dever institucional dos órgãos. Ajudar no estado democrático de direito, ter presença em diversas áreas”, conclui.
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