O presidente Lula (PT) disse nesta terça-feira (31) que a saída do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não significa a "derrota do fascismo" no Brasil. A declaração aconteceu após a assinatura dos decretos que criaram o Conselho de Participação Social e o Sistema de Participação Social Interministerial.

“Nós derrotamos um presidente, mas ainda não derrotamos o fascismo que foi impregnado na cabeça de milhões de brasileiros, que se posicionaram no dia 8 com a quebradeira que aconteceu aqui”, afirmou.

Leia mais: Lula derruba 18 indicações de Bolsonaro a órgãos públicos, agências reguladoras e embaixadas

No pronunciamento, o presidente ainda falou sobre os atos golpistas de 8 de janeiro, em Brasília.

“Isso [terrorismo em 8 de janeiro] é apenas uma demonstração de que nós tivemos uma vitória eleitoral, ganhamos uma eleição, mas a causa que nos fez chegar aqui ainda está engatinhando para que a gente possa conquistar”, acrescentou o presidente.

Lula derrubou hoje 18 indicações feitas por seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL). Os vetos do presidente da República se deram para pessoas que ocupariam órgãos públicos, agências reguladoras e embaixadas do Brasil no exterior.

No evento, Lula voltou a falar que ainda está sem residência oficial para morar com a esposa, a primeira-dama Rosângela da Silva.

“Na verdade, sou um sem-casa, sem-palácio. Vocês precisam ajudar a reivindicar o direito de onde eu morar, porque já faz mais de 45 dias que eu, Janja, e duas cachorras moramos em hotel, à espera que liberem o Palácio do Alvorada, porque o cidadão que estava morando lá, não tinha disposição de cuidar daquilo. Nem cama a gente encontrou no quarto presidencial”, destacou.

Leia também: Ministro aciona AGU contra jogador de vôlei que postou sobre dar tiro em Lula