Durante seu depoimento à Polícia Federal (PF), que começou na manhã da última quinta-feira (2) e se estendeu até a noite, Anderson Torres afirmou que a chamada “minuta do golpe” é um documento "descartável" e "sem viabilidade jurídica".
Em uma operação de busca e apreensão na casa do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do Governo Bolsonaro e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, agentes encontraram um documento que sugeriria ao até então presidente da República a instauração de estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em caso de derrota nas eleições.
Ou seja, o documento proporia a Jair Messias Bolsonaro (PL) um golpe de Estado, na prática. Por isso, é chamado de “minuta do golpe”. Durante seu depoimento à PF, Torres também disse que não "tem ideia de quem" elaborou o texto.
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Quando o ex-ministro de Bolsonaro foi “indagado se recebeu informações ou informe de inteligência sobre as manifestações que ocorreriam no dia 8 de janeiro, respondeu que recebeu essas informações no dia 6, pela manhã. Que essas informações não indicavam ações radicais."
A ata do depoimento também alega que ele “considera a minuta do decreto totalmente descartável; que se tratava de um documento sem viabilidade jurídica; que não foi o declarante que colocou a pasta com o decreto na estante e que acredita que possa ter sido sua funcionária ao arrumar a casa; que não é por ter sido encontrado na estante é que teria importância; que na verdade já era para ter sido descartado”.
Torres está preso em Brasília desde o dia 14 de janeiro.
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