Fundação Padre Anchieta

Custeada por dotações orçamentárias legalmente estabelecidas e recursos próprios obtidos junto à iniciativa privada, a Fundação Padre Anchieta mantém uma emissora de televisão de sinal aberto, a TV Cultura; uma emissora de TV a cabo por assinatura, a TV Rá-Tim-Bum; e duas emissoras de rádio: a Cultura AM e a Cultura FM.

CENTRO PAULISTA DE RÁDIO E TV EDUCATIVAS

Rua Cenno Sbrighi, 378 - Caixa Postal 66.028 CEP 05036-900
São Paulo/SP - Tel: (11) 2182.3000

Televisão

Rádio

gettyimages
gettyimages

No dia 24 de fevereiro de 2022, a Rússia iniciou uma invasão ao território da Ucrânia, para defender grupos separatistas das regiões de Luhansk e Donetsk, dando início a uma guerra que perdura até os dias de hoje e já deixou dezenas de milhares de mortos.

Leia mais: Entenda por que a Rússia invadiu a Ucrânia

Relembre os principais fatos do conflito:

O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou, por volta das 5h da manhã, o início de uma "operação militar especial" para "desmilitarizar" e "desnazificar" na Ucrânia. Na ocasião, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, se recusou a fugir de Kiev, pedindo apoio internacional e armas.

No mês de março, a Rússia começa atacando a cidade de Mariupol, que é banhada pelo Mar de Azov e com um dos portos mais importantes da Ucrânia.

No dia 4 do mesmo mês, a Rússia ataca Zaporizhzhia, lar da maior central de energia nuclear da Europa. No dia 16, os russos bombardearam um teatro em Mariupol, matando ao menos 300 civis, mas o objetivo de entrar rapidamente em Kiev fracassou.

A guerra seguiu pelos meses de abril e maio até que em junho os líderes da Alemanha (Olaf Scholz), França (Emmanuel Macron) e Itália (Mario Draghi) visitaram Kiev para se reunir com Zelensky. Uma semana depois, a União Europeia reconheceu a Ucrânia como país candidato a entrar no bloco. No dia 29, os líderes da Otan formalizam o convite para Finlândia e Suécia, enquanto a Rússia conquista Severodonetsk.

No mês de setembro, a Ucrânia reconquistou centenas de cidades com uma contraofensiva nos arredores de Kharkiv, segunda maior metrópole do país. Vladimir Putin lançou a mobilização nacional de 300 mil reservistas, provocando um êxodo de jovens em idade militar. No dia 27, duas explosões danificaram o gasoduto Nord Stream.

Os ucranianos danificaram no dia 9 de outubro a ponte que liga a Crimeia à Rússia em uma explosão e as forças de Moscou reagiram com uma série de ataques contra redes de energia ucranianas, deixando milhões de pessoas sem eletricidade.

Em dezembro, Zelensky vai a Washington em sua primeira viagem internacional desde o início da guerra, voltando para casa com a promessa de receber baterias de mísseis Patriot.

No início de 2023, a Rússia sofreu sua maior perda de soldados desde o início da invasão, com a morte de 89 militares durante o ataque a Makevka.

Ainda em janeiro, Alemanha, EUA e Reino Unido aceitam enviar tanques Leopard 2, M1 Abrams e Challenger para Kiev. No dia 25, a Ucrânia se retira de Soledar, perto de Bakhmut.

O premiê britânico, Rishi Sunak, disse no começo deste mês, que estuda a possibilidade de fornecer mísseis de longo alcance e aviões de combate para a Ucrânia, mas os outros aliados ocidentais são mais cautelosos. Em 20 de fevereiro, Biden faz uma visita surpresa a Kiev e promete manter apoio militar.

Como está a guerra atualmente?

Segundo André Freitas, autor de Geografia do Sistema pH de Ensino e professor há mais de 12 anos, “as intenções russas eram muito claras: invadir a Ucrânia e, em um golpe muito certeiro, depor o governo ucraniano e retomar a influência política sobre o país vizinho, que talvez seja uma das mais importantes ex-repúblicas soviéticas”.

Além disso, ele complementa que a história da guerra em si tem relação com um interesse russo muito claro de que se pretendia, rapidamente, e de uma maneira relativamente fácil, depor o governo do presidente ucraniano Zelensky e instaurar no país um outro sistema.

Sobre o atual momento do conflito no leste europeu, André Freitas diz que a Rússia, que é uma potência militar, não esperava uma grande resistência por parte dos ucranianos.

“Se em uma primeira fase, a Rússia conseguiu avançar com quatro frentes dentro do território ucraniano, a Ucrânia, no segundo semestre de 2022, conseguiu empurrar os russos para fora de algumas áreas que tinham sido ocupadas e até retomar o controle de algumas cidades. Hoje o conflito é longo, já completando um ano, e tem dois lados muito bem estabelecidos no sentido de disposição da campanha”.

Sobre um possível fim do conflito, o professor diz que “não se sabe”, devido a grande resistência da Ucrânia. “Havia a impressão de que com um ataque rápido e muito consistente, a Ucrânia entraria em colapso, com a população não apoiando uma resistência tão dura e até o próprio governo seria deposto e o Zelensky seria preso ou fugiria para outro país como aconteceu no histórico de outros conflitos”.

“Na semana passada, o presidente Biden foi à Ucrânia e ele responsabilizou a Rússia, não só pelo início, mas pelo fim da guerra dizendo que, se os russos pararem, a guerra termina e que, se os ucranianos pararem, a Ucrânia termina. A Ucrânia está lutando pela sua sobrevivência e, então, não está no horizonte de curto ou médio prazo desistir”, diz o especialista.

No ano de 2022, a possibilidade de uma nova guerra mundial acontecer foi falada em todo o mundo, mas para André, um conflito maior não é interessante para nenhum dos lados.

“A Rússia segue ameaçando que, se os países da OTAN continuarem apoiando a Ucrânia, o conflito pode escalar, sendo que os russos vêm fazendo operações marítimas e aéreas em proximidades com as fronteiras com países da OTAN como no Alasca, no Reino Unido que rendeu uma tensão diplomática, mas nada perto de uma guerra mundial, até porque as consequências não são interessantes para nenhum dos lados”, finaliza André.

Leia também: Um ano após invasão da Ucrânia, como está a economia russa?