Conhecido como "Sérgio Moro carioca", por sua atuação na Lava Jato do Rio, o juiz Marcelo Bretas foi afastado nesta terça-feira (28) pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
O conselho analisou desvio de conduta na análise de processos, e instaurou procedimento para investigar o juiz que comandava a 7ª Vara Federal Criminal do Rio. O juiz mandou prender, entre muitos outros, o ex-presidente Michel Temer, os ex-governadores Sérgio Cabral, Luiz Fernando Pezão e Moreira Franco, e o empresário Eike Batista.
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Marcelo Bretas tem 53 anos, é casado com a também juíza Simone Diniz Bretas, que foi sua colega de Direito na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com quem tem dois filhos. Nas redes sociais, Bretas começou a provocar polêmica ao demonstrar publicamente alinhamento político, com o ex-governador Wilson Witzel e o atual, Cláudio Castro, o ex-presidente Jair Bolsonaro, e o ex-prefeito Marcelo Crivella.
A decisão do CNJ nesta terça, por 12 votos a 3, foi com base em reclamações disciplinares e um procedimento instaurado pelo corregedor nacional Luís Felipe Salomão. A primeira foi movida pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), com base uma reportagem da revista Veja, que acusou Bretas de negociar penas, orientar advogados e combinar estratégias com o Ministério Público Federal com base na delação premiada do advogado Nythalmar Dias Ferreira Filho, aprovada pela Procuradoria-Geral da República.
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