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Reprodução / Flickr Banco Central
Reprodução / Flickr Banco Central

O presidente Lula e ministros do governo federal retomaram críticas ao percentual mantido pelo Banco Central para a Selic, taxa de juros básica no Brasil. As novas manifestações vieram após a apresentação do resultado do Produto Interno Bruto (PIB).

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB cresceu 2,9% no ano de 2022. O resultado foi divulgado nesta quinta-feira (2).

"As pessoas dizem ‘o presidente não pode criticar o presidente do Banco Central’. Que absurdo. O presidente da República pode criticar. O que eu não posso é ser leviano e dizer coisas que não sejam verdadeiras", disse Lula em entrevista à rádio BandNews.

"O que eu estou dizendo é a máxima verdade: não existe explicação para a taxa de juros ter 13,75%. Não existe excesso de consumo, não existe inflação de consumo neste país. A economia não está crescendo", completou.

O ministro da Economia, Fernando Haddad (PT), afirmou também nesta quinta que a desaceleração da economia em 2022 está relacionada com uma reação do Banco Central às atitudes do governo Bolsonaro.

"Uma razão evidente de que houve uma reação do Banco Central às atitudes do governo anterior no período eleitoral, que ensejou aumento da taxa de juros, o que explica essa desaceleração", declarou.

Simone Tebet, Ministra do Planejamento e Orçamento, também se manifestou e pediu um “gesto” do Banco Central em relação à taxa de juros, que segue em patamar elevado no país.

"Acho que a notícia [do avanço do PIB] foi boa. [...]. Não queremos nenhuma generosidade [do Banco Central], mas um gesto positivo, a favor do Brasil, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária [do Banco Central] (Copom)", afirmou Tebet.

No governo federal, o presidente Lula é quem tem feito as críticas mais pesadas ao BC e ao presidente da instituição, Roberto Campos Neto. Até o momento, o petista já disse:

- que a independência do BC é "bobagem", e reforçou que Henrique Meirelles teve autonomia em seu governo anterior mesmo antes da lei;

- que a meta de inflação do país, de 3,75%, obriga a "arrochar" a economia brasileira em momento que precisa voltar a crescer;

- que iria esperar “esse cidadão”, Campos Neto, terminar o mandato para “fazermos uma avaliação do que significou o Banco Central independente”;

- que Campos Neto quer chegar a uma inflação “padrão europeu”, mas que é necessário chegar à inflação “padrão Brasil”;

- que o Brasil tem “cultura” de juros altos, e que o patamar de juros e o comunicado do BC são uma “vergonha”.