Veja os avanços da representatividade feminina no Congresso Nacional ao longo dos anos
O banheiro feminino do plenário do Senado só foi construído em 2016
08/03/2023 09h47
A representatividade feminina no Congresso Nacional conquistou avanços ao longo dos anos. Direitos básicos, como por exemplo o de votar, assim como a eleição da primeira parlamentar, chegaram há menos de um século. Além disso, o banheiro feminino do plenário do Senado Federal só foi construído em 2016.
Por isso, o site da TV Cultura separou oito conquistas das parlamentares ao longo dos últimos anos. Veja:
Voto feminino
Apesar de reconhecido em 1932, o voto feminino foi incorporado à Constituição apenas em 1934. Até 1965 era facultativo, quando passou a ser obrigatório ao ser equiparado ao dos homens.
Primeira deputada federal
A primeira deputada federal eleita pelo voto popular foi Carlota Pereira de Queirós, em 1933, quando a sede da Câmara dos Deputados era no Palácio Tiradentes, no Rio de Janeiro. Carlota era professora e médica paulista
Primeira senadora
Eunice Michiles chegou ao Senado em 1979. Professora e deputada estadual no Amazonas, foi recebida com flores, chocolate e poesia por seus pares, mas sofreu com resistência dos colegas homens, que não aprovaram os projetos de lei de sua autoria.
Banheiros no Senado
O plenário do Senado passou a ter um banheiro para as senadoras em 2016, mais de 55 anos depois da inauguração do prédio do Congresso Nacional em Brasília, em 1960. Na Câmara, o sanitário feminino no plenário foi construído em 1987 após demanda das deputadas.
Primeira mulher a presidir a CCJ da Câmara
A deputada Bia Kicis (PL-DF) foi a primeira deputada a presidir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Ela assumiu em 2021 e permaneceu na cadeira por um ano. A CCJ é a comissão mais importante da Casa. A comissão consegue controlar o ritmo e dar peso de validação a uma matéria para ser analisada pelo plenário. É a comissão mais estratégica, que pode interromper previamente determinados projetos
Maior bancada feminina no Congresso
A legislatura que começou em 2023 tem o maior número de representantes mulheres da história. São 91 mulheres eleitas na Câmara, aumento de 18% em relação à bancada eleita em 2018, de 77 mulheres.
No Senado, o resultado das urnas apontava uma redução no número de mulheres na casa: quatro senadoras foram eleitas em 2022, seis estão estão na segunda metade do mandato e uma assumiu o mandato em razão do seu titular ter sido eleito para o governo estadual. Com isso, a bancada feminina no Senado havia passado de 12 para 11 senadoras. Agora, com o afastamento de alguns parlamentares para, entre outros motivos, ocupar cargos em ministérios, a bancada feminina aumentou para 15 senadoras em exercício.
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