Coronel da PM diz à CPI que Exército dificultou prisão de golpistas durante atos terroristas
Militar comenta episódios em que bolsonaristas radicais invadiram as sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro, em Brasília
16/03/2023 15h44
O coronel da Polícia Militar do Distrito Federal, Jorge Eduardo Naime afirmou, nesta quinta-feira (16), em depoimento na CPI dos Atos Antidemocráticos na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), que o Exército dificultou a prisão dos bolsonaristas radicais que invadiram as sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro, em Brasília.
Gravações feitas durante a tentativa de golpe mostram que militares do Exército Brasileiro dificultaram a ação da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). De acordo com as filmagens, houve discussão entre PMs e soldados, que pareciam proteger os vândalos.
O coronel afirmou ainda que estava de licença no dia dos ataques, mas foi convocado para participar da remoção dos golpistas da Esplanada dos Ministérios. No entanto, de acordo com ele, militares do Exército dificultaram a ação da PM e chegaram a tentar impedir a corporação de entrar nos prédios invadidos.
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Naime afirmou também que, após a contenção dos terroristas, ele seguiu para o acampamento em frente ao QG do Exército, mas que foi impedido pelos militares do Exército de prender os suspeitos.
De acordo com o coronel, a situação só se acalmou após uma reunião entre coronéis da PM, o ex-interventor federal Ricardo Cappelli e o general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, ex-chefe do Comando Militar do Planalto. Ainda segundo o Naime, ele apenas recebeu ordem de manter o policiamento na Esplanada e mobilizar tropas para remover o acampamento na manhã do dia 9 de fevereiro.
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