Metade dos estudantes da rede pública do Estado de São Paulo relatam já ter sofrido algum tipo de violência no último ano, segundo uma pesquisa do Instituto Locomotiva encomendada pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), divulgada nesta quarta-feira (29).
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A pesquisa foi feita entre os dias 30 de janeiro e 21 de fevereiro, pouco mais de um mês antes do ataque à Escola Estadual Thomazia Montoro na zona oeste da capital paulista.
De acordo com a pesquisa, 48% dos 1.250 alunos ouvidos pela pesquisa afirmaram ter sido alvo de violência. Bullying, com 33% dos casos, agressão verbal (24%), discriminação (14%), agressão física (12%) e furto (5%) são as mais apontadas pelos estudantes.
Em todas, há mais respostas afirmativas entre quem frequenta escolas nas periferias do que em áreas centrais.
Entre os professores, um em cada cinco docentes afirma ter sofrido violência no trabalho, sendo a agressão verbal a mais apontada, com 12%. Da mesma forma que entre os alunos, há maior incidência entre os profissionais das unidades situadas nas periferias.
A pesquisa também questionou alunos, professores e familiares dos estudantes sobre a percepção de violência nas escolas estaduais, e todos os grupos registraram índices elevados: 69% dos estudantes, 68% dos docentes e 75% dos pais disseram ver alto grau de violência nas unidades de ensino em geral.
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