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Reprodução - Alan Santos/PR
Reprodução - Alan Santos/PR

Cleiton Henrique Holzschuk, ex-assessor da Presidência da República, teria dito à Polícia Federal (PF) que foi informado pelo tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid que as joias sauditas teriam como destino o "acervo pessoal" de Jair Messias Bolsonaro (PL).

A informação foi divulgada por uma reportagem do veículo “g1”. Os itens, cujos valores, somados, ultrapassavam os R$ 16 milhões, foram retidos na alfândega do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.

Vale lembrar que Cid, citado por Holzschuk em seu depoimento à PF, era “braço direito” do ex-chefe do Executivo. O ex-assessor, que era 2º tenente do Exército, também era subordinado ao tenente-coronel na Ajudância de Ordens do Gabinete Pessoal do Presidente da República.

“Foi falado pelo tenente-coronel Cid durante as conversas de WhatsApp relatadas que as joias iriam para o acervo pessoal do presidente da República", indica um dos trechos do depoimento.

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Recentemente, a defesa de Bolsonaro disse que, durante o depoimento prestado à PF, o ex-presidente da República afirmou que só soube da existência das joias sauditas em dezembro de 2022, mais de um ano após a entrada delas no Brasil.

Bolsonaro também não se lembraria de quem o avisou a respeito da apreensão das joias milionárias pela Receita Federal, ainda de acordo com seus advogados.

Um inquérito da PF apura se Bolsonaro cometeu o crime de peculato ao tentar ficar com os objetos, que chegaram no país em outubro de 2021, logo após uma viagem oficial do até então presidente brasileiro à Arábia Saudita.

A pena prevista para o crime de peculato varia de 2 a 12 anos de prisão, bem como o pagamento de multa.

Atualmente, a lei prevê que a entrada de mercadorias classificadas como "pessoais" e com valor acima de US$ 1 mil no país precisa ser feita mediante ao pagamento do imposto de importação, que equivale a 50% do valor do produto. Quando um passageiro omite o item, há uma multa que consiste em um adicional de 50% de seu valor total.