O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para manter a suspensão da chamada "presunção de boa-fé" no comércio de ouro. Na votação, também é abordada a necessidade de que o Governo Federal adote, em até 90 dias, um novo conjunto de regras para a fiscalização.
Implementada na gestão de Dilma Rousseff (PT) frente à Presidência da República, a lei em questão foi suspensa pelo ministro Gilmar Mendes no início deste mês.
Até a determinação do magistrado, era permitida a comercialização de ouro com base apenas em informações prestadas pelo vendedor. Segundo o integrante do STF, essa prática pode facilitar o garimpo ilegal e, na sequência, prejudicar a proteção do meio ambiente.
Leia mais: Índia supera a China e se torna o país mais populoso do mundo, aponta projeção
Veja a bancada de entrevistadores do Roda Viva com Cida Gonçalves, ministra das Mulheres
Acompanharam o parecer os ministros Rosa Weber, Cármen Lúcia, Edson Fachin, Dias Toffoli e Alexandre de Moraes.
Para Mendes, “as presunções relativas à legalidade do ouro adquirido e à boa-fé do adquirente simplesmente sabotam a efetividade do controle de uma atividade inerentemente poluidora, uma vez que não apenas facilitam, como servem de incentivo à comercialização de ouro originário de garimpo ilegal”.
O ministro da Suprema Corte completa que essa lei “permitiu a expansão do comércio ilegal, fortalecendo as atividades de garimpo ilegal, o desmatamento, a contaminação de rios, a violência nas regiões de garimpo, chegando a atingir os povos indígenas das áreas afetadas”.
REDES SOCIAIS