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A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo divulgou, nesta quinta-feira (29), um aumento significativo no número de atendimentos em decorrência de asma. Em 2023, de janeiro a março, as internações causadas pela doença cresceram em 50,7% e os atendimentos ambulatoriais, em 20,3%. O crescimento expressivo já vinha sendo registrado desde 2022, quando os procedimentos relacionados à asma foram superiores a 2021.

De acordo com os dados, obtidos a partir do Sistema Único de Saúde (SUS), no primeiro trimestre deste ano foram feitas 4.416 internações e 15.910 atendimentos ambulatoriais no estado. A efeito de comparação, no ano passado foram registradas 2.929 internações e 13.216 atendimentos no mesmo período, números superiores aos dos primeiros três meses dos últimos cinco anos.

No primeiro trimestre de 2022, em relação a 2021, já havia sido registrado um aumento de 90,8% nas internações (foram 1.452 em 2021) e 101,7% nos atendimentos ambulatoriais (6.926 em 2021).

Segundo a Dra. Samia Rached, pneumologista do ambulatório de asma grave do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, as condições do inverno (iniciado no dia 21 de junho no Brasil) podem influenciar em uma piora dos quadros respiratórios.

“O inverno é um período de risco para quem tem asma, tanto pelas mudanças do tempo quanto pelo aumento das infecções virais. Nessa época do ano, é normal aumentar a procura pelo Pronto Socorro por crises asmáticas, inclusive com internações” afirma a doutora. 

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O que é a asma e quais os sintomas?


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A asma é um processo inflamatório das vias respiratórias que causa o estreitamento dos brônquios, que são os canais por onde passa o ar nos pulmões. A doença causa tosse seca, chiado no peito, sensação de pressão nos pulmões, falta de ar e dificuldade para respirar. A pessoa afetada pela condição possui mais dificuldade para expelir o ar dos pulmões do que para inspirar, causando a sensação de sufocamento.

O agravamento da doença está ligado a crises alérgicas, contato com fumaça, gases químicos, produtos de limpeza com cheiro forte, perfumes, infecções virais, poluição, exposição ao tempo frio, pólen e a micro-organismos, como ácaros e fungos, que se proliferam em ambientes com muita poeira, quentes e úmidos. A causa, no entanto, é desconhecida e, segundo especialistas, envolve fatores genéticos e ambientais.

Os sintomas, a gravidade da doença e os gatilhos que levam ao agravamento variam muito de pessoa para pessoa. Dessa forma, o tratamento é individualizado e, na sua maioria, por meio de medicamentos que atuam para desinflamar os brônquios ou atenuar os sintomas.

Além disso, a asma também não tem cura, mas a maioria das pessoas asmáticas vive uma vida normal, sem impedimentos à prática de atividades físicas, ao desempenho regular no trabalho ou nos estudos.

“É importante usar os medicamentos da forma como os médicos orientam, além de se proteger: evitar contato com pessoas com gripes e resfriados, tomar as vacinas que previnem doenças respiratórias e evitar contato com o que pode desencadear uma crise”, finaliza a doutora Samia Rached.

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