Em coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (27), o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) abordou as temperaturas extremas enfrentadas pelo hemisfério norte no verão de 2023. De acordo com António Guterres, existem evidências científicas de que o mês de julho é o mais quente já registrado, consequência direta do aquecimento global.
“A era do aquecimento global acabou. A era da ebulição global chegou”, disse Guterres aos jornalistas presentes. “A consequências são claras e trágicas: crianças sendo levadas por enchentes, famílias fugindo de incêndios, trabalhadores desmaiando no calor escaldante.”
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Apesar do cenário de catástrofe, Guterres acredita que a situação é reversível, caso atitudes sejam tomadas com urgência. “Ainda é possível limitar o aumento da temperatura global a 1,5ºC e evitar o pior, mas apenas com ações drásticas e imediatas”.
O Secretário-Geral pediu aos países em desenvolvimento que mantenham suas promessas sobre o financiamento climático internacional e que o exemplo deve vir dos membros do G20, ao liderarem o compromisso com cortes nas emissões de gases do efeito estufa na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2023.
Chamada de COP28, a 28ª edição da cúpula acontecerá entre 30 de novembro e 12 de dezembro em Dubai, Emirados Árabes Unidos.
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