O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou nesta quarta-feira (2) a redução da taxa Selic de 13,75% para 13,25% ao ano.
É o primeiro corte da Selic em três anos. O último havia sido em agosto de 2020, durante o período mais grave da pandemia de Covid-19, quando a taxa de juros caiu de 2,5% para 2% ao ano.
Desde então, o índice acumulou aumentos até alcançar o patamar de 13,75% em agosto de 2022.
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O Copom argumentou que a redução de 0,5 ponto percentual com o cenário doméstico, que seria consistente com a expectativa de "desaceleração da economia nos próximos trimestres".
“O Comitê avalia que a melhora do quadro inflacionário, refletindo em parte os impactos defasados da política monetária, aliada à queda das expectativas de inflação para prazos mais longos, após decisão recente do Conselho Monetário Nacional sobre a meta para a inflação, permitiram acumular a confiança necessária para iniciar um ciclo gradual de flexibilização monetária”, diz a nota do Copom.
Segundo nota divulgada pelo Copom, cinco diretores votaram a favor do corte de 0,5 ponto percentual, enquanto quatro dos membros se manifestaram por uma redução de 0,25.
Nesta quarta, o presidente disse que esperava que o Copom reduzisse a taxa básica de juros. O patamar alto da taxa de juros gerou atritos entre o mandatário e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Desde janeiro, o petista e seus ministros pressionam pela redução dos juros para estimular a economia e a geração de emprego. "Quando a inflação cai e o juros não caem, significa que aumenta a taxa de juros e o Brasil tem hoje a maior taxa de juros real do mundo sem nenhuma explicação”, afirmou Lula.
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