Fundação Padre Anchieta

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A depressão moderada a grave, que se caracteriza pelo risco maior de suicídio e pela necessidade de medicação, atinge um a cada quatro brasileiros com 60 anos ou mais, conforme levantamento realizado com mais de quatro mil beneficiários das empresas e operadores de saúde atendidas pela Laços Saúde, empresa de cuidados autogerenciados para idosos.

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O dado surpreendeu a CEO da Laços Saúde, Marta Oliveira, levando em conta que, antes da pandemia, em 2019, a doença atingia 6% da população idosa brasileira, de acordo com pesquisa da Organização Mundial de Saúde (OMS). “Achava que esse transtorno afetasse no máximo 10% dos idosos no país, mas 25% é um número muito elevado e preocupante do ponto de vista de saúde mental”, afirma.

Não há uma única explicação para o agravamento do quadro de depressão entre idosos brasileiros, de acordo com Oliveira. Além do envelhecimento em si, a perda de entes queridos, a aposentadoria, abandono familiar e doenças crônicas também trazem desafios emocionais e físicos nessa fase da vida. A pandemia de Covid-19 colaborou para o quadro, devido ao aumento do sentimento de solidão causado pelas medidas de distanciamento social.

Oliveira chama atenção ainda para a mudança do perfil demográfico. Com o rápido envelhecimento da população brasileira, aumentou o número de pessoas que se sentem solitárias e mais vulneráveis à depressão. Segundo o IBGE, a parcela idosa da população com mais de 60 anos subiu para 15,1% em 2022. Dez anos antes, o percentual era de 11,3%.