A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os ataques de 8 de janeiro divulgou e-mails do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, nos quais ele tenta vender um relógio de luxo recebido pelo ex-mandatário pelo governo da Arrabia Saudita.
As informações divulgadas pelo jornal O Globo mostram que Cid pretendia vender o relógio, da marca Rolex, por US$ 60 mil, algo em torno de R$ 300 mil na cotação atual.
Leia mais: Lula assina decreto para que Brasil volte a comprar energia elétrica da Venezuela
O relógio foi dado a Bolsonaro em 30 de outubro de 2019 pelo rei da Arábia Saudita durante viagem da comitiva brasileira.
Os e-mails não mostram com quem o ex-ajudante estava negociando. Segundo o relatório, na época, Mauro Cid se correspondia com Maria Farani, que assessorava o Gabinete Adjunto de Informações do gabinete pessoal de Bolsonaro.
De acordo com o material da Comissão, Cid trocou e-mails em 6 de junho de 2022 com uma interlocutora, em inglês. "Obrigado pelo interesse em vender seu Rolex. Tentei falar por telefone, mas não consegui. Quanto você espera receber por ele? O mercado de relógios Rolex usados está em baixa, especialmente para as peças cravejadas de platina e diamante, já que o valor é tão alto. Eu só quero ter certeza que estamos na mesma linha antes de fazermos tanta pesquisa", escreveu a mulher.
Leia também: Estado de São Paulo cria 36 mil empregos em junho, informa Fundação Seade
REDES SOCIAIS