O México está mais próximo de ter a primeira mulher chefe de Estado após Claudia Sheinbaum ser confirmada como candidata do partido do governo nas eleições presidenciais do próximo ano.

A ex-prefeita da Cidade do México enfrentará a senadora Xóchitl Gálvez, que lidera a coalizão de oposição.

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Sheinbaum, 61, é uma cientista climática e aliada próxima do atual presidente Andrés Manuel López Obrador, que não pode concorrer novamente devido à constituição do país.

“Venceremos em 2024”, disse ela aos seus apoiadores durante evento que a anunciou como representante do partido Morena nas eleições presidenciais.

Líder estudantil na década de 1980, ela serviu como secretária do Meio Ambiente da Cidade do México quando Obrador foi prefeito, de 2000 a 2005. Mais tarde, foi prefeita da capital, de 2018 até o início deste ano, quando deixou o cargo para concorrer à presidência.

Pela oposição, Gálvez, 60, foi eleita senadora em 2018. O discurso dela gira em torno de sua história de superação, por ter nascido em uma aldeia indígena e conseguido se formar em uma universidade pública, além de ter se tornado empresária e entrado para a política nos anos 2000. Com orgulho de suas raízes, se veste com roupas tradicionais e é frequentemente vista andando de bicicleta pela capital do país.

Ela entrou em conflito com o presidente Obrador algumas vezes sobre questões como os elevados níveis de violência no México, afirmando que “são necessários ovários” para enfrentar o crime organizado. Ele a acusou de ser a candidata dos ricos, dos “oligarcas” e dos “conservadores”.

Tanto Sheinbaum como Gálvez foram escolhidas através de uma série de pesquisas partidárias, com o objetivo de tornar o processo de nomeação de candidatos mais transparente, com maior participação pública, tendo em vista o hábito que os presidentes tinham de escolher seus sucessores.