Qu Dongyu, diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO/ONU), assinou acordos de cooperação com o Governo Federal para fortalecer políticas de combate à fome e erradicação da pobreza.
Os compromissos, que foram assinados durante cerimônia realizada no Palácio do Itamaraty, em Brasília, na terça-feira (12), preveem a promoção do desenvolvimento rural e agrícola, apoio às atividades de bioeconomia e de conservação da biodiversidade, além da promoção do desenvolvimento inclusivo e sustentável na Amazônia Legal.
Além da presença dele, o evento também contou com a participação do chanceler Mauro Vieira, ministro de Relações Internacionais do Brasil. A expectativa é que, a partir destas linhas de trabalho, seja possível fortalecer as políticas e ações de combate à fome e erradicação da pobreza não só no país, mas também na América Latina e no Caribe.
“O Brasil é um grande país não apenas pela sua gente, seus recursos, e sua cultura, mas também é grande pela sua paixão em fornecer comida de qualidade para sua gente e para o mundo. Seguiremos trabalhando juntos para garantir alimentação às pessoas”, pontua Dongyu durante o ato de assinatura.
Leia também: Brasileiro capturado nos EUA está em prisão de segurança máxima
O último relatório da ONU sobre o estado da segurança alimentar e nutrição no mundo aponta que um milhão e meio de brasileiros entraram para as estatísticas da fome crônica nos últimos três anos e sofrem com a desnutrição. Ao todo, são mais de 10 milhões de pessoas, o que representa quase 5% da população.
Os dados ainda revelam que 70 milhões nem sempre tiveram o que comer em quantidade suficiente, pularam refeições ou trocaram alimentos por outros de pior qualidade. Desse total, 21 milhões (10% da população) ficaram sem comer por um dia ou mais.
A FAO/ONU afirma que trabalha junto aos países membros para transformar os sistemas agroalimentares com o objetivo de serem mais eficientes, inclusivos, resilientes e sustentáveis, em busca de melhor produção, melhor nutrição, melhor meio ambiente e melhor qualidade de vida, sem deixar ninguém para trás.
Também são parceiros dos termos de cooperação assinados o Ministério de Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR), a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES).
Leia também: Opinião fala sobre a Lei de Alienação Parental nesta quinta-feira (14)
Três acordos foram assinados por representantes de cada uma das instituições, entre eles Waldez Góes, ministro de Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR), e Mario Lubetkin, representante regional da FAO para a América Latina e o Caribe.
As cartas de intenção trocadas entre a FAO e o Governo Federal preveem a criação de um "Centro de Cooperação Sul-Sul Trilateral Josué de Castro", com o objetivo de promover intercâmbios e experiências, além de fortalecer, a nível global, a segurança alimentar e nutricional da população e sistemas agrícolas sustentáveis.
Também terá papel fundamental no fomento da pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias para a promoção da sustentabilidade na agricultura tropical.
“O Brasil compartilha com a FAO valores fundamentais como a prioridade da eliminação da fome e da pobreza, e como interesses comuns compartilhamos o aumento da produtividade agrícola, a promoção da sociobioeconomia e o desenvolvimento sustentável no Brasil e no mundo”, ressalta Vieira.
REDES SOCIAIS