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Ricardo Stuckert / PR
Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abriu a Assembleia-Geral da ONU, que acontece em Nova Iorque, nos Estados Unidos, nesta terça-feira (19). Após 14 anos, o líder brasileiro voltou a discursar no evento. A declaração durou 21 minutos e ele cobrou maior empenho dos países ricos na superação da fome, da desigualdade e nas mudanças climáticas.

"Há 20 anos, ocupei esta tribuna pela primeira vez. Volto hoje para dizer que mantenho minha inabalável confiança na humanidade, reafirmando o que disse em 2003. Naquela época, o mundo ainda não havia se dado conta da gravidade da crise climática. Hoje, ela bate às nossas portas, destrói nossas casas, nossas cidades, nossos países, mata e impõe perdas e sofrimentos a nossos irmãos, sobretudo os mais pobres. A fome, tema central da minha fala neste Parlamento Mundial 20 anos atrás, atinge hoje 735 milhões de seres humanos, que vão dormir esta noite sem saber se terão o que comer amanhã", disse o presidente.


"Agir contra a mudança do clima implica pensar no amanhã e enfrentar desigualdades históricas. Os países ricos cresceram baseados em um modelo com alta taxa de emissão de gases danosos ao clima. A emergência climática torna urgente uma correção de rumos e a implantação do que já foi acordado", completou. 

O brasileiro também criticou mecanismos financeiros internacionais, como o FMI e o Banco Mundial, alegando empréstimos desiguais.

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Outro destaque no discurso de Lula foram as críticas contra a extrema-direita e a prisão do jornalista fundador do site Wikileaks, Julian Assange.

“Um jornalista, como Julian Assange, não pode ser punido por informar a sociedade de maneira transparente e legitima”, afirmou.

Ao falar da guerra na Ucrânia, Lula disse que o Conselho de Segurança da ONU está “perdendo progressivamente sua credibilidade". Vale lembrar que ele irá se encontrar com o presidente ucraniano Volodimir Zelensky na próxima quarta-feira (20).

A Assembleia-Geral da ONU acontece anualmente nos Estados Unidos e reune os líderes de mais de 190 países do mundo. A conferência tem como objetivo debater e encontrar soluções para os problemas globais.

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