Um estudo realizado no Reino Unido mostrou que uma em cada dez mulheres tem problemas para criar vínculos com seus bebês. Entre elas, 70% gostariam de ter tido mais apoio durante a gravidez para desenvolver laços emocionais com seus filhos.

“Esse papel cabe ao obstetra, que é o primeiro profissional que tem contato com a mulher. Já durante a gestação, ele identificar nas primeiras consultas mulheres que tem passado depressivo uma vez que a depressão pós-parto não difere da depressão…”, explica Ricardo Tedesco, ginecologista obstreta.

No Brasil, uma em cada quatro mulheres tem depressão pós-parto. A doença é tão pouco abordado que a última pesquisa sobre o tema é de 2016, realizado pela Fiocruz.

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Alguns fatores aumento o risco de desenvolver a doença, como gravidez na adolescência ou não planejada, histórico de depressão, problemas conjugais e violência doméstica. Mas vale ressaltar que o problema pode acontecer com qualquer mulher.

“Existe um grande tabu ao processo em que uma mãe tenha um bebê. É esperado que ela esteja 100% feliz, é muito difícil ela se encaixar e aceitar que ela está angustiada. Se ela deveria estar vivendo o momento mais feliz da vida dela, porque ela estaria triste? Ela precisa entender que existe uma química do organismo”, afirma a psicóloga Larissa Fonseca.

Uma boa parcela da população brasileiro não tem acesso, tempo ou recursos para buscar um tratamento psicológico e psiquiátrico. Além de políticas públicas, é necessário que as mulheres passem por acompanhamento médico durante a gestação e puerpério.

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