O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, compareceu a um piquete dos membros do United Auto Workers (UAW), um dos maiores sindicatos do setor automotivo do país, nesta terça-feira (26), na cidade de Belleville, estado de Michigan.
Essa é a primeira vez que um presidente dos EUA em exercício se junta a trabalhadores sindicalizados em uma manifestação.
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Biden discursou para a multidão reunida segurando um megafone vermelho. Para ele, os trabalhadores em Michigan fizeram "muitos sacrifícios" e merecem um aumento de salário significativo.
Donald Trump, ex-presidente dos EUA e o mais provável concorrente de Biden pela presidência do país em 2024, visitou o mesmo local um dia depois e disse aos presentes que "não faz a menor diferença o que vocês recebem, porque em dois anos todos vocês estarão fora do mercado", sobre a transição de veículos a combustível para veículos elétricos.
Apesar da visibilidade que os dois políticos levaram para a greve, membros do sindicato temem que o movimento se polarize e o objetivo se perca. “Preferiríamos que nenhum deles aparecesse”, disse um trabalhador à BBC. “Não queremos dividir as pessoas e quando você traz a política para o meio disso pode causar discussão”.
O UAW está em greve desde 15 de setembro para pressionar as três principais montadoras dos EUA - a Ford, a General Motors e a Stellantis - a negociar tópicos como reajuste de salário, de dias de folga e modelo de compensação menor para contratações mais recentes ou temporárias.
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