Uma "bean bag", munição adotada pela Polícia Militar (PM) desde 2021, atingiu a cabeça do são-paulino Rafael dos Santos Tercilio Garcia e o matou, durante confronto entre torcedores do São Paulo e a PM, no último domingo (24), após a final da Copa do Brasil.
As informações foram confirmadas na tarde desta quinta-feira (28) pelo g1 e pela TV Globo com a delegada Ivalda Oliveira Aleixo, diretora do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil.
O autor do disparo ainda não foi identificado. Laudos da Polícia Técnico-Científica poderão ajudar a investigação a esclarecer se algum policial militar disparou o artefato na nuca de Rafael. A PM confirmou nesta quinta (28) ter usado "bean bags" para conter são-paulinos, que segundo a corporação, estavam promovendo atos violentos na região.
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"Na ocasião, os policiais militares realizaram ações de controle de multidão com uso de munições de menor potencial ofensivo como bean bags, elastômero e jatos de água", informa trecho da nota divulgada nesta quinta pela Secretaria da Segurança Pública (SSP).
A polícia também ouve os depoimentos de testemunhas e analisa as imagens de vídeos e câmeras de segurança para tentar identificar quem realizou o disparo.
Segundo a declaração de óbito de Rafael, ele foi morto por um "disparo de arma de fogo". Ainda de acordo com o documento, entregue à família para seu sepultamento, a causa da morte foi "traumatismo cranioencefálico" devido a "ação vulnerante de agente perfuro contundente".
Entretanto, apenas com os laudos necroscópico e do local, feitos pela Polícia Técnico-Científica, poderão concluir oficialmente o que atingiu e matou Rafael. Os resultados ainda não ficaram prontos. O caso é investigado como homicídio durante tumulto pelo DHPP.
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