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Reprodução / Redes sociais
Reprodução / Redes sociais

O comandante do maior ataque em solo israelense registrado nas últimas décadas e que, por consequência, desencadeou uma forte ofensiva militar contra Gaza, teve a sua sentença decretada pelas Forças de Defesa de Israel:

“Yahya Sinwar, o líder do Hamas que reacendeu a guerra entre a Palestina e Israel, é um homem morto”, afirmou Daniel Hagari, porta-voz do Exército israelense.

Sinwar é considerado o número dois na hierarquia do Hamas e o mais alto funcionário do grupo na Faixa de Gaza. Ele governa o território palestino há seis anos, eleito por meio de votações secretas. O chefe político, Ismael Haniyeh, está baseado no Catar.

O planejamento da operação Dilúvio de Al-Aqsa, que infiltrou centenas de combatentes armados em território israelense é atribuído a ele. Essa operação é apontada como responsável pelo assassinato de pelo menos 1.000 pessoas, a grande maioria civis, e a tomada de 130 reféns.

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Yahya Sinwar passou 23 anos em prisões israelenses, condenado a quatro penas de prisão perpétua, pela morte de dois soldados israelenses e de quatro palestinos considerados espiões de Israel.

Em 2011, ele foi libertado com mais de 1.026 prisioneiros palestinos, em troca do soldado israelense Gilad Shalit, sequestrado cinco anos antes pelo Hamas. Em 2018, durante as negociações para um cessar-fogo com Israel, ele redigiu, à mão e em hebraico, uma mensagem ao primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, com apenas duas palavras: “risco calculado”.

A partir disso, o premiê isralense permitiu a entrada de ajuda financeira regular do Catar a Gaza sem aceder a outras exigências, como troca de prisioneiros, por exemplo. Nas celebrações do 35º aniversário do grupo islâmico armado, em dezembro do ano passado, Sinwar previu um confronto aberto em Israel em 2023.

“Temos que dar a oportunidade de reacender a resistência na Cisjordânia”, disse ele, criticando a gestão do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.

No último sábado, os primeiros bombardeios israelenses em Gaza foram direcionados à casa e ao gabinete de Sinwar, sem atingi-lo. Depois da execução de dois comandantes do Hamas, em 2002 e em 2004, os principais alvos , como Yahya Sinwar, passaram a se esconder em bunkers fortificados e raramente aparecem em público.