Os Estados Unidos atacaram duas instalações na Síria usadas pelo Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã e por outros grupos apoiados pelo país, disse o Pentágono, após uma série de ataques contra as forças dos EUA no Iraque e na Síria.
As ofensivas ocorreram após o gabinete do presidente Joe Biden ter se comprometido a responder aos ataques que funcionários do governo estadunidense sofreram em território iraquiano e sírio, atribuídos pela Casa Branca a grupos armados apoiados pelo Irã.
“Os Estados Unidos não buscam conflito e não têm intenção nem desejo de se envolver em novas hostilidades, mas estes ataques apoiados pelo Irã contra as forças dos EUA são inaceitáveis e devem parar”, disse o secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, em comunicado nesta quinta-feira (26).
“O Irã quer omitir seu papel nos ataques contra as nossas forças. Não vamos deixá-los. Se os ataques dos representantes do Irã contra as forças dos EUA continuarem, não hesitaremos em tomar outras medidas necessárias para proteger o nosso povo”, continua.
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Austin disse que os “ataques sob medida” foram em legítima defesa e não estão ligados à guerra Israel-Hamas. “Eles são separados e distintos do conflito em curso entre Israel e o Hamas e não constituem uma mudança na nossa abordagem ao conflito”, disse ele.
Os Estados Unidos e o Irã têm uma longa disputa de influência no Oriente Médio. Enquanto o país norte-americano têm sólidas alianças com Israel, Egito, Jordânia, Turquia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, a base de aliados do estado iraniano se constitui majoritariamente de entidades muçulmanas xiitas, como o regime de Bashar al-Assad na Síria e o grupo armado libanês Hezbollah.
O Irã também já declarou apoio ao Hamas, apesar de negar qualquer envolvimento no ataque deflagrado pelo grupo armado em 7 de outubro, contra um festival de música em Israel. O líder iraniano, aiatolá Ali Khamenei, se posicionou favorável às ações do Hamas e qualificou os ataques de Israel à Faixa de Gaza como genocídio.
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