A empresa Americanas revelou nesta quinta-feira (16) que obteve um prejuízo de R$ 12,9 bilhões em 2022, um aumento de 108% em relação à perda de R$ 6,2 bilhões em 2021. Essa informação foi divulgada no balanço do grupo, após quatro adiamentos ao longo do ano.
A complicação nos registros contábeis está relacionada ao envolvimento da Americanas no maior caso de fraude fiscal da história do mercado brasileiro, desde o início de 2023, levando a empresa a enfrentar um processo de recuperação judicial com dívida estimada em R$ 42,5 bilhões.
O comunicado que acompanha o balanço destaca que a companhia foi "vítima de uma fraude sofisticada", envolvendo a manipulação intencional de seus controles internos pela gestão anterior, o que tornou a revisão de demonstrações financeiras um processo "desafiador, complexo e extenso".
Leia mais: Joe Biden defende sua posição contra o cessar-fogo na Faixa de Gaza
59% das dívidas de cartão de crédito são referentes a compras realizadas em supermercados
Apesar do prejuízo bilionário, a receita líquida da Americanas atingiu R$ 25,8 bilhões em 2022, representando um aumento de 14,6% em comparação com o ano anterior.
No entanto, a geração de caixa medida pelo Ebitda - métrica que captura o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização - mostrou um saldo negativo de R$ 6,1 bilhões, um acréscimo de 82% em relação a 2021. Essa métrica demonstrou que a empresa não conseguiu gerar receitas suficientes para cobrir seus custos.
Os números divulgados foram auditados pela empresa BDO Brasil, que optou por não comentar sobre o balanço. Um dado adicional relevante é o patrimônio líquido da Americanas, que ficou negativo em 26,7 bilhões de reais.
REDES SOCIAIS