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Parlamentares italianos aprovaram nessa quinta-feira (16) uma legislação que proíbe a fabricação, venda ou importação de carne ou ração animal cultivada em laboratório, uma medida defendida pelo governo de direita como defesa das tradições culinárias italianas.

O ministro da Agricultura, Francesco Lollobrigida, afirmou que “a Itália é o primeiro país do mundo a salvo dos riscos sociais e econômicos dos alimentos sintéticos” em publicação no Facebook.

Ettore Prandini, líder da organização de fazendeiros Coldiretti, entrou em confronto com dois parlamentares do partido Mais Europa, da oposição, chamando-os de “criminosos” por se posicionarem contra a proibição de carne cultivada em laboratório.

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Em retaliação, Benedetto Della Vedova, um dos legisladores, acusou Prandini de ser um vândalo. Apesar das tensões, o projeto recebeu aprovação com 159 votos a favor e 53 contra. A violação da lei pode resultar em multas de até € 60 mil (equivalente a R$ 319,5 mil na cotação atual).

No entanto, a relevância da lei é questionável, uma vez que a carne cultivada em laboratório só foi autorizada para consumo humano em Singapura e nos EUA. A União Europeia ainda não aprovou o produto, chamado de “novo alimento”, e caso o faça, a lei italiana poderá ser desafiada pela Comissão Europeia.

A legislação, saudada como uma vitória por Lollobrigida, foi motivada por lobby do grupo Coldiretti. O ministro da Agricultura elogiou os deputados por protegerem o sistema alimentar tradicional italiano e a relação entre alimentação, terra e trabalho.

A lei proíbe alimentos sintéticos produzidos a partir de células animais sem abatimento do animal e restringe o uso de termos relacionados à carne nos rótulos de proteínas vegetais.