Pela primeira vez, a média global de temperatura ultrapassou os 2° e atingiu exatos 2,07°C acima dos níveis pré-industriais (1850-1900). O recorde negativo ocorreu na última sexta-feira (17).
Os dados foram divulgados pela diretora adjunta do Serviço de Monitorização das Alterações Climáticas do Copernicus (C3S), Sam Burgess, e depois confirmados pelo próprio C3S.
Segundo o levantamento, números preliminares mostram que a temperatura também se manteve alta no sábado (18), quando ficou 2,06°C acima da média do período.
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O número é definido por meio de um cálculo. Primeiro, os cientistas analisam qual a média de temperatura no período pré-industrial (1850-1900). Em seguida, verificam quanto a temperatura atual variou em relação a essa média.
O calor recorde acontece em um ano marcado pela presença do fenômeno El Niño e pela intensificação de efeitos das mudanças climáticas provocadas pelas emissões de gases de efeito estufa (GEE).
"Os recordes de temperatura global estão sendo quebrados com uma regularidade alarmante", disse Carlo Buontempo, diretor do Serviço de Mudanças Climáticas do Copernicus.
"Ainda que a quebra dos limites de 1,5°C e 2°C fosse esperada, devido ao aquecimento generalizado e à variabilidade climática, ela tem um impacto chocante. Com a COP28 a apenas dez dias de distância, é crucial entender o que esses números significam para o nosso futuro coletivo", acrescentou.
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