O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou, nesta quarta-feira (22), que não existe a menor possibilidade do governo federal interferir ideologicamente e politicamente nas questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
A afirmação foi dita em discurso do ministro na Câmara dos Deputados, durante reunião com comissões de Fiscalização Financeira, Educação e Agropecuária.
“Não há possibilidade de nenhuma interferência política deste governo [Lula] em relação às provas do Enem. E repito, os itens elaborados foram no governo passado. Foi testado em 2022. E outra coisa, a questão é de interpretação de texto, não é que você tem que concordar ou não com isso. [...] Se tem um governo que apoiou a história do agronegócio, veja quando o agronegócio mais cresceu no Brasil, foi no governo do presidente Lula”, afirmou Camilo.
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A afirmação aconteceu após parlamentares suspeitarem da elaboração do exame. No dia 6, após o primeiro dia de prova, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) divulgou uma nota pedindo anulação de três questões. Segundo o documento, houve “questões de cunho ideológico” e “sem critério científico ou acadêmico”.
Veja quais foram as questões mencionadas
As questões abordam o desmatamento da Amazônia (questão 70), desenvolvimento de novas tecnologias e nova corrida espacial financiada por bilionários (questão 71) e os impactos do agronegócio no Cerrado (questão 89).
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável por elaborar o exame, disse ao g1 que o banco de questões é formulado por professores independentes selecionados por edital. "O Inep não interfere nas ações dos colaboradores selecionados para compor o Banco", afirmou o órgão.
Fotos: Reprodução
Respostas corretas segundo gabaritos extraoficiais (referência prova branca):
70 - a)
71 - b)
89 - a)
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