Fundação Padre Anchieta

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A interação com animais pode colaborar positivamente na redução do estresse e da ansiedade, além de ajudar na recuperação de pacientes.

Os benefícios também podem incluir a promoção de estímulos entre a população presente no ambiente e ajudar na liberação de endorfinas e neurotransmissores associados ao bem estar.

Com essa descoberta, a Atividade Assistida com Animais, popularmente conhecida pelo público como Pet Terapia, começou a integrar o dia a dia de ambientes hospitalares no Brasil e no mundo.

Uma das precursoras foi a psiquiatra britânica Doris Day, que começou a introduzir animais em sessões terapêuticas com pacientes psiquiátricos. “Ela percebeu que a presença de animais, especialmente cães, tinha um impacto positivo nas interações e no bem-estar emocional dos pacientes”, explica Higor Caldato, médico psiquiatra e sócio do Instituto Nutrindo Ideais.

Em solo nacional, um dos primeiros a serem promovidos foi o Dr. Escargot, com iniciativa de Maria de Fátima Martins, da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo (USP) e o auxílio de um escargot.

Em entrevista ao site da TV Cultura, a médica veterinária Kellen Oliveira, presidente da Comissão de Bem-Estar Animal do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), afirma que além dos cães, outros animais também podem participar, como jabutis, por exemplo.

A especialista, que atua no projeto de extensão da Universidade Federal de Goiás (UFG) sobre terapia assistida com animais, revela que o processo de seleção inclui vários aspectos, desde a questão comportamental até um balanço geral da saúde.

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“A gente pede que o animal apresente no mínimo um treinamento de obediência básica, para que ele aceite comandos como ‘senta, fica e levanta’. Passando pela questão comportamental, ele vai para a parte clínica, de saúde, sendo encaminhado para o veterinário que já o acompanha para atualização da carteira de vacinação, atualização do vermífugo e do ectoparasita”, esclarece a especialista.

Outros cuidados também são necessários no dia da visita, como o banho antes de sair de casa e a interrupção de passeios após a higienização, além de mudanças na alimentação. “No caso dos jabutis, por exemplo, pedimos que os donos não ofereçam coisas que são fora do costume dele para que ele não apresente problemas na hora da visita”.

A iniciativa, que surgiu em 2016 por incentivo de alunos, é voltada para crianças que estão internadas em unidades de saúde em Goiânia e em Aparecida de Goiânia e é realizada em ambientes hospitalares. Além disso, também acontece de forma periódica em outros lugares, como abrigos para idosos ou instituições que trabalham com crianças que apresentam o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Atualmente, conta com a participação de 25 cães ao lado dos tutores. “Muitas vezes a criança espera em torno de dois meses para passar por uma cirurgia ortopédica ou três meses para fazer determinado transplante, ou seja, passa muito tempo fora do seu ambiente habitual, então muitas vezes levar um cachorro ou outro animal de estimação pode trazer mais conforto”, destaca Kellen.

Para integrar ações como essa, os cidadãos devem procurar conhecer instituições que promovem esse tipo de trabalho, além de compreender que a participação voluntária depende da presença em todas as visitas.

“A pessoa que está acostumada com o animal vai com ele e conta ao paciente o que ele gosta ou não. O tutor conhece os limites do animal e nós devemos respeitá-los. Por isso que as visitas têm um horário para começar e terminar”.

De acordo com o médico psiquiatra Higor Caldato, a realização pode não ser indicada em casos nos quais os riscos superam os benefícios, como pessoas com alergias a pelos de animais ou outros alérgenos relacionados, pacientes com sistema imunológico comprometido, além de outras condições médicas em que se exige um ambiente controlado e estéril ou animal com comportamento agitado ou indócil.

No entanto, ele conta que uma certa vez pôde presenciar os benefícios de tal feito: “Já tive a experiência com uma paciente que vivenciou uma internação hospitalar com autorização para ter o seu pet junto dela e os benefícios na ocasião foram surpreendemente positivos na sua recuperação física e no enfrentamento emocional necessário para o momento”, diz.

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