A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou, nesta quinta-feira (30), o governador do Acre Gladson Cameli (PP) por cinco crimes. Dessa maneira, o órgão pede o afastamento do cargo até o fim das investigações.
Ao todo, a PGR denunciou Cameli por organização criminosa, corrupção nas modalidades ativa e passiva, peculato, lavagem de dinheiro e fraude a licitação. Os crimes teriam causado um prejuízo de cerca de R$ 12 milhões aos cofres públicos.
Se for condenado por todos os crimes, o governador do Acre poderia cumprir uma pena de 40 anos.
Vale lembrar que, em março deste ano, a Polícia Federal bloqueou R$ 10 milhões, carros imóveis e um avião do chefe do Executivo do estado.
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Também foram denunciados a esposa e dois irmãos de Cameli, além de outras 13 pessoas, que teriam atuado como "laranjas”.
Sobre a denúncia
De acordo com a PGR, os crimes aconteceriam desde 2019. O governador teria recebido R$ 6 milhões em propina de empresas de construção. Além disso, algumas das companhias teria o irmão de Cameli como sócio.
Para que o governador seja afastado, é necessário uma análise do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Em nota publicado pelo UOL, a defesa de Cameli afirma que o pedido de afastamento é “arbitrário e absurdo”.
"Não há nenhuma ilegalidade atribuível ao governador Gladson Cameli. As obras foram todas executadas e entregues ao povo do Acre, que reelegeu Gladson Cameli no primeiro turno”, argumenta a defesa.
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"Esse pedido de afastamento é uma afronta ao mandato conferido pelo povo do Acre", completa.
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