Os egípcios iniciaram sua eleição presidencial no último domingo (10), em meio à guerra na vizinha Faixa Gaza e a uma crise econômica. As urnas ficam abertas até terça-feira (12) e os resultados serão divulgados no próximo dia 18.
O atual presidente, Abdel Fattah el-Sisi, pode garantir um terceiro mandato, de seis anos.
Cerca de 67 milhões de pessoas podem votar, mas o voto é facultativo. As atenções estarão voltadas para a aderência dos eleitores, uma vez que as eleições anteriores registraram baixos números de participação.
A economia é a principal preocupação dos eleitores, devido à atual crise financeira do país, a mais grave de sua história recente, com inflação oscilando perto de 40% após sua moeda, a libra egípcia, ter perdido metade do valor em março. Mesmo antes da crise atual, cerca de dois terços dos quase 106 milhões de habitantes do país vivem na linha da pobreza ou abaixo dela.
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O Egito tem participado ativamente de negociações diplomáticas durante os recentes ataques de Israel à Faixa de Gaza, mediando o retorno de expatriados às suas nações de origem e a entrada de ajuda humanitária na região através da fronteira na cidade de Rafah.
El-Sisi é o quinto presidente militar do país desde 1952, quando houve a Revolução Egípcia, que depôs a monarquia a instaurou a república. Em 2013, liderou o golpe de Estado que derrubou o primeiro presidente democraticamente eleito, Mohamed Morsi, e alcançou o poder no ano seguinte, em novas eleições.
Durante seu governo, extendeu o mandato presidencial de quatro para seis anos e a quantidade de reeleições permitidas, de duas para três consecutivas.
Os outros três candidatos são relativamente desconhecidos entre o público: Farid Zahran, líder do Partido Social Democrata Egípcio; Abdel-Sanad Yamama, do Wafd; e Hazem Omar, do Partido Popular Republicano.
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