Uma nota divulgada pelo Itamaraty nesta quarta-feira (10) comunica que o presidente Lula (PT) se mostrou favorável à ação movida pela África do Sul na Corte Internacional de Justiça que pede a condenação de Israel por crimes na guerra contra o Hamas.
O país africano pede que o tribunal reconheça que o governo de Benjamin Netanyahu desrespeitou pontos da Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio. Israel nega as acusações.
De acordo com o Itamaraty, Lula manifestou apoio ao texto sul-africano durante um encontro com Ibrahim Alzeben, embaixador da Palestina no Brasil, também nesta quarta.
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"À luz das flagrantes violações ao direito internacional humanitário, o presidente manifestou seu apoio à iniciativa da África do Sul de acionar a Corte Internacional de Justiça para que determine que Israel cesse imediatamente todos os atos e medidas que possam constituir genocídio ou crimes relacionados nos termos da Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio", diz o comunicado.
Em uma publicação do jornal norte-americano New York Times, o Estado de Israel defendeu que a África do Sul distorce o significado de genocídio e o propósito da convenção internacional sobre o tema. O governo israelense também afirmou que a ação deveria ser direcionada ao Hamas.
Segundo o Ministério da Saúde palestino, a atuação das Forças de Defesa de Israel na Faixa de Gaza já deixou ao menos 23.210 mortos e 58.166 feridos desde o dia 7 de outubro do ano passado, quando o Hamas operou um ataque ao território israelense e fez centenas de reféns.
A Corte Internacional de Justiça foi fundada em 1945 e tem sua sede em Haia, na Holanda.
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