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Abdullah Asiran/Anadolu Agency/Getty Images
Abdullah Asiran/Anadolu Agency/Getty Images

A Corte Internacional de Justiça da ONU, mais conhecido como Tribunal de Haia, finalizou as audições do caso de genocídio movido pela África do Sul contra Israel nesta sexta-feira (12). O Estado israelense rejeitou as acusações, qualificando-as como "totalmente distorcidas".

No último mês de dezembro, a África do Sul protocolou no tribunal uma acusação contra Israel, alegando que o país está promovendo o genocídio do povo palestino na Faixa de Gaza com assassinatos em massa, impedimento de entrada de alimentos e remédios na região, danos corporais e mentais à população, deslocamento forçado, destruição do sistema de saúde e prevenção de nascimentos.

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Na sessão de quinta-feira (11), o país sul-africano pediu aos juízes que impusessem medidas emergenciais a Israel para que suspendesse imediatamente a ofensiva em Gaza. A equipe jurídica israelense apelou para que o pedido fosse rejeitado, justificando que isso deixaria o Estado judeu indefeso

A defesa de Israel se baseou primariamente no direito à legítima defesa. O consultor jurídico do Ministério das Relações Exteriores do país, Tal Becker, fez as declarações iniciais e disse ao tribunal que a interpretação dos acontecimentos pela África do Sul foi "totalmente distorcida". “Se houve atos de genocídio, eles foram perpetrados contra Israel”, disse ele. “O Hamas busca genocídio contra Israel”.

Desde o ataque do grupo armado palestino contra um festival de música, o número de israelenses mortos praticamente não subiu, se mantendo em 1.139. O número de vítimas palestinas, no entanto, cresce diariamente. Até o momento, foram 23 mil mortos e mais de 50 mil feridos em Gaza.

Vídeos do ataque de 7 de outubro foram apresentados pela defesa israelense para ilustrar "a natureza da ameaça que Israel está enfrentando", disse Becker. Ainda, ele acusou a África do Sul de ter relações diretas com o Hamas e de não ter levado o episódio em consideração no processo.

"O que estamos fazendo em Gaza não é para destruir, mas para proteger as pessoas de lá", ele afirmou. "Israel está em guerra de defesa contra o Hamas, não contra o povo palestino".

Galit Raguan, diretora interina da divisão de justiça internacional no Ministério da Justiça israelense, culpou o Hamas pelas mortes de civis.

Malcolm Shaw, professor de direito internacional na Universidade de Leicester (Reino Unido); Christopher Staker, advogado internacional que atuou no julgamento criminal da ex-Iugoslávia e Gilad Noam, vice-procurador-geral de Israel para assuntos internacionais, também defenderam Israel no Tribunal de Haia.

Os juízes da Corte Internacional devem divulgar a decisão sobre a moção da África do Sul e os pedidos de medidas emergenciais nos próximos dias. Caso decidam a favor, a corte não tem como garantir que Israel interrompa as ofensivas militares em Gaza, e um processo contra o país por genocídio será instaurado, o que pode durar anos.

Durante a audiência, manifestantes pró-Palestina se aglomeravam do lado de fora da corte, enquanto bombardeios foram deflagrados na Faixa de Gaza, deixando ao menos nove mortos e 13 feridos, de acordo com a Sociedade do Crescente Vermelho Palestino.