O Ministério da Saúde anunciou nesta segunda-feira (15) que vai priorizar a imunização de crianças e adolescentes de 6 a 16 anos com a vacina contra a dengue. A estratégia foi aprovada em reunião da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI), que aconteceu hoje.
Segundo o diretor do Programa Nacional de Imunizações (PIN), Eder Gatti, a idade foi determinada a partir de uma indicação da OMS
“A Organização Mundial de Saúde define algumas limitações de idade para o uso dessa vacina. É um quantitativo pequeno. Então, tinha que fazer uma discussão de como seria a distribuição desse uso em todo o território nacional, equilibrando o melhor resultado epidemiológico com a cobertura maior dos municípios”, explica.
Leia mais: INSS começa a usar inteligência artificial para detectar fraudes em atestados médicos
O Brasil deve ter acesso a até 5,2 milhões de vacinas neste ano. Como a aplicação é feita com duas doses, somente 3 milhões de pessoas serão vacinadas em 2024.
“De 6 a 16 anos é uma faixa etária que vamos priorizar. Dentro dessa faixa etária, vamos decidir qual grupo será prioritário. Tem a discussão de dentro desse grupo quem hospitaliza mais. Não avançaremos fora deste grupo”, aponta Gatti.
A definição sobre qual público-alvo, bem como as localidades prioritárias, será feita em conjunto com estados e municípios, em reunião marcada para o próximo dia 25.
A Qdenga é um imunizante contra a dengue desenvolvido pelo laboratório japonês Takeda Pharma. O registro do imunizante foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2023 e incorporado ao Programa Nacional de Imunização.
Dourados, no Mato Grosso do Sul, foi a primeira cidade do Brasil a iniciar a vacinação em massa contra a dengue. O governo federal deve vacinar ao menos 150 mil moradores entre 4 e 59 anos.
Casos
Segundo o Ministério da Saúde, em 2023, foram notificados 1.658.816 casos da doença no Brasil, e 1.094 óbitos foram registrados.
O recorde de mortes em decorrência da dengue era de 2022, quando 1.053 pessoas morreram por causa da doença.
REDES SOCIAIS