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Márcio Batista/MRE
Márcio Batista/MRE

Por meio de seus chanceleres, Guiana e Venezuela assumiram o compromisso de não usar suas forças armadas durante a formulação de um acordo sobre a questão que envolve Essequibo.

A reafirmação se deu na última quinta-feira (25), quando Carl Barrington Greenidge e Yván Gil Pinto se reuniram no Palácio Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores, em Brasília

O encontro se deu em meio a tensões entre os dois países por conta da região citada e foi mediado pelo chefe da pasta em questão, o ministro Mauro Vieira. A previsão inicial era de que ele acontecesse apenas nesta sexta-feira (26), mas foi antecipado por uma questão de agenda.

Em dezembro, os eleitores venezuelanos aprovaram – com pouco mais de 95% dos votos – a criação de um novo estado em Essequibo. Este, por sua vez, seria denominado "Guiana Essequiba". Na ocasião, eles responderam cinco questões elaboradas pelo governo de Nicolás Maduro.

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As perguntas em questão eram “Você rejeita a fronteira atual?”, “Você apoia o Acordo de Genebra de 1966?”, “Você concorda com a posição da Venezuela de não reconhecer a jurisdição da Corte Internacional de Justiça?”, “Você discorda de a Guiana usar uma região marítima sobre a qual não há limites estabelecidos?” e “Você concorda com a criação do estado Guiana Essequiba e com a criação de um plano de atenção à população desse território que inclua a concessão de cidadania venezuelana, incorporando esse estado ao mapa do território venezuelano?”.

Dias depois, Maduro divulgou o que seria o “novo mapa” da Venezuela. "Imediatamente ordenei publicar e levar a todas as escolas, colégios, Conselhos Comunitários, estabelecimentos públicos, universidades e em todos os lares do país o novo mapa da Venezuela com a nossa Guiana Esequiba", escreveu o presidente do país por meio de sua conta nas redes sociais.

Recentemente, a Corte Internacional de Justiça decidiu que Caracas não pode anexar a região. O território citado é alvo de disputas pelas duas nações há mais de um século. Desde o fim do século XIX, ele está sob controle guianense. O local corresponde a aproximadamente 70% do atual território do país e é residência para cerca de 125 mil pessoas.