Metade das aves presentes no Parque Água Branca, na região oeste de São Paulo, podem ser doadas a alguma ONG. A intenção parte da Reserva Parques, concessionária que administra o local, e é contestada por conselheiros.

Atualmente, por risco de gripe aviária, cerca de 2.600 aves estão confinadas em duas áreas que, juntas, somam 2.500 metros quadrados. A medida se deu após uma orientação do Ministério da Agricultura e Pecuária.

Agora, a empresa pretende adotar outra medida de controle, doar parte dos animais para organizações parceiras. Os conselheiros do espaço são contra a ideia. A reivindicação é de que a doação dos animais descaracterizaria o parque, conhecido há décadas justamente pela presença deles.

O grupo também argumenta que o manejo das espécies não está sendo feito de maneira correta e chegaram a acionar o Ministério Público na última semana contra a medida.

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A promotoria, por sua vez, diz que já notificou a concessionária e que segue acompanhando o manejo dos animais. A Secretaria Estadual do Meio Ambiente diz ter feito o mesmo.

"Você vê que eles [animais] estão o tempo inteiro gritando. Antes, quando eles estavam soltos, claro, você passava às vezes por um galo, um cantava aqui e o outro cantava lá, mas não era esse esse grito de desespero que você tá escutando", diz Regina de Lima Pires, conselheira do parque.

Segundo Angelita Capobianco, bióloga da área de bem-estar animal do parque, a diretoria busca um equilíbrio quanto ao manejo dos animais.

“Houve um boom populacional, um desequilíbrio dessa população de aves. O que nós estamos fazendo é buscar um equilíbrio”, fala.

Saiba mais sobre o tema na matéria que foi ao ar esta quinta-feira (8) no Jornal da Tarde:

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