Após o registro de 363 mortes de indígenas da etnia Yanomami ao longo de 2023, Sônia Guajajara, ministra dos Povos Indígenas, afirmou que um ano não foi suficiente para lidar com toda a situação.
Em entrevista coletiva realizada na quinta-feira (22), ela reforçou que o Governo Federal está presente, mas que há complexidade no território para o avanço das operações.
O Ministério da Saúde defende que há uma subnotificação dos casos, tanto nas mortes do ano passado, como nas que foram notificadas durante o mandato de Jair Bolsonaro (PL), durante 2019 a 2022. No último ano, 343 pessoas morreram.
“Temos a certeza de que temos subnotificação, mas, agora, sabemos que temos, sabemos onde temos, e temos o diagnóstico do que está acontecendo no território, o que é diferente nos anos anteriores. Agora podemos dizer onde estão os vazios existenciais e quais as necessidades”, expôs Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde.
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A pasta de Nísia Trindade prometeu a construção e reforma de 22 Unidades Básicas de Saúde ainda este ano.
As ações na região serão acompanhadas de perto por Guajajara na próxima semana, entre 28 e 29 de fevereiro, com o intuito de anunciar novas medidas para a proteção dos Yanomamis, que são vítimas do impacto devastador do garimpo ilegal.
Em janeiro, o presidente reforçou que a situação seria tratada como “questão de Estado”, além de enfatizar a importância da preservação da cultura e do modo de vida das comunidades em meio à invasão de criminosos.
“Nós vamos ter que fazer um esforço ainda maior, utilizar todo o poder que a máquina pública pode ter, porque não é possível que a gente possa perder uma guerra para garimpo ilegal, para madeireiro ilegal”, ressaltou.
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