O primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, renunciou ao cargo em meio a onda de violência no país.
São quase duas semanas de caos. Grupos armados libertaram presos, tomaram ruas, fecharam o aeroporto e passaram a atacar forças policiais. Centenas de milhares de moradores da capital, Porto Príncipe, tiveram que deixar as casas em busca de abrigo.
As gangues ganham mais força com a crise institucional do país, que não tem eleições desde 2016.
Henry acumula a presidência desde 2021, após o assassinato do então presidente Jovenel Moise. Em meio à crise, o governante deixou o Haiti e se refugiou em Porto Rico.
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O ex-primeiro-ministro afirmou que renunciou ao cargo a partir da instalação de um comitê de transição. Ele pediu que os haitianos mantenham a calma e colaborem na retomada da paz.
A saída de Henry foi costurada na Jamaica em uma reunião da comunidade do Caribe, que reúne 15 países da região, e também contou com representantes do Brasil e dos Estados Unidos.
O presidente da Guiana, Irfaan Ali, anunciou acordo para a transição de governo, com um plano de ação para a segurança a curto prazo e uma nova eleição.
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